Jornal de Angola

Fim da odisseia de pescadores desapareci­dos

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22 de Novembro, segundo nos contou Mateus Buéia, o porta-voz do grupo, a esperança dos pescadores renasceu porque a sorte quase lhes bateu à porta.

"Eram 16 horas. Estávamos a dormir e quando me despertei vejo um navio a passar. Acordei os demais. Gritamos e acenamos tudo quanto tínhamos, pedindo auxílio. O barco aproximou-se, explicamos a nossa situação ao capitão e pedimos clemência para que nos ajudasse. Infelizmen­te recusou, manobrou o navio e zarpou."

A frustração voltou a tomar conta dos pescadores. Derivaram mais algumas milhas e, para o seu espanto e alento, as 15 horas do dia 23 de Novembro: "terra à vista". Depois de quase um mês a flutuar no alto mar, outro azarparaos­pescadores.A 80/100 metros da costa uma onda gigante embate contra a embarcação, destroçand­o-a por completo. Para não morrerem na praia, como se costuma dizer, ganharam coragem, retemperar­am energias e com as poucas forças que ainda tinham nadaram para a costa. "Por sorte estávamos com os salva-vidas e com as forças que Deus nos deu, nadamos até a costa", contou emocionado ao JA Mateus Buéia.

Já em terra firme, os seis pescadores foram logo interpelad­os pelos guardas do Parque Nacional do Loango que os informaram que se encontrava­m na região de Ogooué, Gabão.

Os pescadores agradecera­m o apoio que receberam das autoridade­s do Parque do Loango que se resumiu, numa primeira fase, em alimentos e roupas. De Ogooué, os pescadores foram levados a Porto-Gentil de onde seguiram de navio para Libreville.

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