Centralidade sem serviços de saúde
Moradores são obrigados a percorrer longas distâncias à procura dos primeiros socorros em hospitais da sede provincial o que está a criar vários transtornos, principalmente nessa época chuvosa, caracterizada pelo aumento de casos de malária
A centralidade do Lossambo, a única habitada até ao momento na província do Huambo, continua com falta de serviços de saúde, uma situação que se arrasta desde que começou a receber os primeiros moradores. A centralidade, cujas obras foram executadas pela operadora Kora Angola, é um projecto integrado com todas as infraestruturas necessárias para facilitar a vida dos moradores, incluindo os serviços de saúde. Mas, até hoje, passados aproximadamente dois anos, os serviços públicos de saúde não existem na centralidade.
Desde que começou a receber os primeiros inquilinos, há aproximadamente dois anos, a centralidade do Lossambo, a única habitada até ao momento na província do Huambo, continua com falta dos serviços de saúde, criando sérios transtornos aos moradores.
A centralidade do Lossambo, cujas obras foram executadas pela operadora Kora Angola, é um projecto integrado com todas as infraestruturas necessárias para facilitar a vida dos moradores, incluindo os serviços de saúde. Mas, até hoje, passados aproximadamente dois anos, e com a maioria dos inquilinos a residir na centralidade, nem água vai nem água vem, o centro está abandonado, sem equipamentos, nem mobiliário, indispensáveis para a prestação de serviços de saúde.
Os moradores são obrigados a percorrer cerca de 12 quilómetros até à cidade do Huambo à procura dos primeiros socorros, que afinal muito bem poderiam ser feitos localmente.
O curioso é que ninguém se pronuncia sobre o caso, deixando as pessoas sem nada poderem fazer, principalmente nesta época de chuvas em que doenças como a malária, gripes e as diarreias agudas são cada vez mais intensas.
Uma vez funcional, o centro pode atender também moradores do bairro da Juventude, arredores do Lossambo e até mesmo de outros bairros vizinhos.
É inconcebível, que outros serviços, como as escolas e centros infantis funcionem com normalidade e outros não menos indispensáveis como a saúde estejam à margem das prioridades, isto sem falar de estabelecimentos bancários, cartórios, notariados e bombeiros, só para citar alguns, que tanto podem facilitar também a vida dos que lá moram.
A comunidade integra prédios de quatro pisos com oito apartamentos cada e moradias de um e dois pisos. Conta ainda com duas mil habitações, das quais mil 482 apartamentos, 184 moradias térreas de tipologia T3 e 343 moradias de dois pisos, numa área de aproximadamente 100 metros quadrados.
Além da implantação da rede de energia, sistema de tratamento e abastecimento de água potável e de tratamento de águas residuais, a centralidade conta também com escolas do I e do II ciclo do ensino secundário, que têm 12 e 24 salas de aula, respectivamente, a funcionar em dois períodos.
Além de centros infantis e 90 lojas, o mega empreendimento está desenhado para albergar duas mil e nove famílias e beneficiar directamente 14 mil cidadãos.
Os moradores exigem que tal como se encontram em funcionamento outros serviços na centralidade, o Governo procure formas para apetrechar e abrir ao público o mais breve possível o único centro existente, para evitar deslocações à procura dos cuidados médicos, muitas vezes feitas às noites e em condições difíceis. “Pelo menos que nos digam qualquer coisa, porque não tem sido fácil para nenhum morador da centralidade, principalmente nesta época em que a malária e as gripes estão a actuar de maneira severa”, salientou a moradora Fátima Francisco.
“Somos obrigados a sair de casa à madrugada com familiares doentes para hospitais da cidade do Huambo. Se tivéssemos aqui o centro médico em funcionamento, estes transtornos seriam evitados”, desabafou, ao Jornal
de Angola, Adilson Manuel, outro morador , no momento em que regressava do hospital com um filho de 12 anos.
Por outro lado, os moradores da centralidade reclamam por melhoria do saneamento básico, requalificação dos espaços verdes e corte do capim nos arredores de algumas residências, que ainda não estão habitadas, para se evitar o surgimento de mais doenças.
Outro problema, que preocupa os habitantes daquela unidade urbanística, prende-se com a progressão de ravinas ao redor de algumas artérias e detrás de alguns edifícios, dificultando o estacionamento de viaturas e a mobilidade.
A centralidade do Lossambo foi inaugurada oficialmente no passado dia 4 de Abril, no âmbito das comemorações do 15º aniversário da Dia da Paz, mas antes deste acto simbólico já era habitada há pouco mais de dois anos.
Reflorestamento
Cinquenta e oito mil eucaliptos, provenientes da África do Sul, começaram ontem a ser plantados, numa área de 58 hectares do perímetro florestal de Sanguengue, na comuna de Chiumbo, município de Cachiungo, província do Huambo.
A informação foi prestada à Angop, pelo director-geral da empresa Estrela da Floresta no Huambo, Bernardo Freitas, que explicou que o processo vai decorrer durante todo o mês de Dezembro.
Bernardo de Freitas salientou que o projecto permitiu a criação de 110 novos postos de trabalho, para os habitantes das aldeias circunvizinhas do perímetro florestal de Sanguengue. Bernardo Freitas fez um balanço positivo do programa de reflorestamento de 70 hectares, com 78 mil árvores, nos perímetros florestais no Cuima, município da Caála, e AltoCatumbela (Benguela), decorrido no mês transacto. Explicou que, na primeira fase, a decorrer até Fevereiro de 2018, se prevê a plantação de 222 mil árvores.
Uma vez funcional, o centro pode atender também moradores do bairro da Juventude, arredores do Lossambo e até mesmo de outros bairros vizinhos