FAF anuncia hoje seleccionador nacional
Kito Ribeiro é apontado como aposta de Artur Almeida depois de terminar o vínculo com o Progresso Sambizanga
A direcção da Federação Angolana de Futebol (FAF) apresenta hoje às 15h30, em conferência de imprensa, no Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), o novo treinador dos Palancas Negras, em substituição de Roberto Bianchi, que passou a cuidar apenas da equipa do Petro de Luanda.
Quando faltam 34 dias para o arranque do CHAN, a decorrer no Reino de Marrocos, a FAF entende estarem criadas as condições para a apresentação do 32º treinador da Selecção Nacional, depois de ter analisado ao pormenor o perfil do técnico contratado.
Os adeptos de futebol estão ansiosos em saber o nome do treinador e seus adjuntos, apesar do elenco presidido por Artur Almeida manter o segredo fechado a sete chaves.
A atravessar uma crise financeira sem precedentes, a instituição federativa não está em condições de contratar um técnico estrangeiro, por não ter como pagá-lo, face à escassez de divisas no país.
O melhor recurso encontrado foi a aposta no mercado interno, por duas razões muito simples: o técnico angolano conhece os jogadores a serem convocados e tem pouca margem de erros. O treinador estrangeiro deve levar algum tempo de adaptação, uma vez não conhecer os atletas. Kito Ribeiro é apontado como a aposta da FAF, já que o extécnico do Progresso Sambizanga está livre e disposto a assumir qualquer compromisso.
Contactado pelo Jornal de Angola, Artur Almeida, presidente da Federação Angolana de Futebol, garantiu ontem estarem reunidas as condições para a apresentação do treinador, sublinhando que a aposta recaiu para o mercado nacional.
"Trabalhámos fortemente no mercado interno. Não vou aqui avançar o nome, porque não ficaria bem. Tenho um profundo respeito e admiração pelo vosso jornal. É uma questão de horas", justificou o dirigente desportivo.
Desconhecimento
Abordado sobre o possível interesse da FAF, o técnico Kito Ribeiro referiu que nunca foi contactado, apesar de ter expirado o vínculo com o Progresso Sambizanga. Posicionado à defesa, o treinador respondeu: "Ninguém me contactou. Por isso não tenho nada adiantar".
À frente dos Palancas Negras já passaram 31 técnicos, sendo 16 angolanos e 15 estrangeiros. Trata-se de Amílcar Silva, Domingos Inguila, Carlos Silva, Carlos Queirós, Arlindo Leitão, Oliveira Gonçalves, Mário Calado, Zeca Amaral, Mabi de Almeida, José Kilamba, Romeu Filemon, Carlos Alves, Lito Vidigal, Rui Clington, Chico Ventura e Joaquim Dinis (nacionais), Skoric Vidic e Petar Knerzevic (jugoslavos), António Clemente (brasileiro), Ruben Garcia (argentino), Jesualdo Ferreira (português), Dusan Kondic (sérvio), Carlos Alhinho (cabo-verdiano), Manuel Gomes "Necas" (português), Vesselin Vesco (sérvio), Djalma Cavalcanti (brasileiro), Ismael Kurtz (brasileiro), Manuel José (Português), Hervé Renard (francês), Gustavo Ferrín (uruguaio) e Roberto Bianchi (hispano-brasileiro).
Na Taça CHAN, Angola figura no Grupo D, juntamente com os Camarões, Burkina Faso e Congo Brazzaville. A estreia acontece no dia 16, diante dos Cavalos burquinabes, no Estádio Adrar, na cidade de Agadir. Depois enfrenta os Camarões, no dia 20, e fecha a fase preliminar a 24, com o Congo Brazzaville.
A sua terceira presença, o combinado nacional procura melhorar a prestação menos conseguida da edição anterior, em 2016 no Ruanda, na qual não passou da primeira fase, sob o comando de José Kilamba, depois de na estreia em 2011, com Lito Vidigal à frente da equipa técnica, ter disputado a final no Sudão, com a Tunísia.
Na Taça CHAN, Angola figura no Grupo D, com os Camarões, Burkina Faso e Congo Brazzaville. A estreia acontece no dia 16, diante dos Cavalos burquinabes, em Agadir