“O Angosat 1 é um satélite geostacionário e para fins comerciais”
É uma questão pertinente. O Ghanasat-1 não pode ser comparado ao Angosat-1, porque não é geostacionário como é o de Angola, ou seja, não é de telecomunicações e de uso comercial, nem foi lançado na órbita LEO, a 420km do nível médio do mar. Esse aparelho tem um período de rotação de 92 minutos, uma velocidade de 7,67km/segundos e possui um peso de 1kg. Resumidamente, o satélite do Ghana é para fins científicos.
E o Angosat-1?
O Angosat-1 é um satélite geostacionário, ou seja, um aparelho que se lança na órbita GEO, conhecida também como órbita equatorial. Possui uma grande cobertura de 30 a 40 por cento da superfície da terra e tem um ângulo de cobertura de 120 graus. Esse tipo de satélite fica visível o tempo todo e não oferece zonas de silêncio, porque tem o mesmo período de rotação que a terra. O aparelho angolano é para fins comerciais. O custo para a construção de um satélite geostacionário é muito elevado. Não se compara ao Ghanasat-1, que é apenas para fins académicos. É por essa razão que o satélite do Ghana não pode ser comparado ao de Angola.
Qual é o título do seu livro e o que falta para ser publicado?
Faltam patrocínios. Ele já está completo. Está apenas dependente de apoios. O livro intitula-se “A Magia dos Satélites”. Comecei a escreve-lo tão logo se anunciou que Angola teria um satélite.
Que informações sobre satélites trará o livro?
O livro contém várias informações pertinentes sobre satélites, com maior destaque para o Angosat-1. Ao escrever esse livro, tivemos como objectivo colmatar as eventuais dúvidas que fossem surgir depois que o Angosat1 fosse lançado.