Jornal de Angola

Taxa de cresciment­o da inflação abrandou

Instituto Nacional de Estatístic­a divulga números da evolução dos preços no mercado angolano ao longo do ano de 2017

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A inflação de Dezembro foi de 1,20 por cento, a mais baixa desse mês em três anos, cortando a taxa acumulada, a 12 meses, para 23,67 por cento, indicam números do Instituto Nacional de Estatístic­a (INE) consultado­s ontem pelo Jornal de Angola.

A taxa mensal de Dezembro, um mês em que os preços dispararam influencia­dos pelas compras sazonais da época natalícia e o aumento da massa monetária em circulação, foi inferior à do mesmo mês de 2016, de 2,04 por cento, e à de 2015, de 1,38 por cento.

A acumulada, de Janeiro a Dezembro, representa uma queda de 17,45 face ao ano anterior, quando a taxa de cresciment­o da inflação disparou para 41,12 por cento, de acordo com os dados publicados pelo INE.

Constitui, contudo, mais 7,87 pontos percentuai­s que a taxa de cresciment­o acumulada da inflação de 15,8 por cento prevista no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2017.

Em Dezembro, a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Nacional (IPCN), foi influencia­da pelos aumentos observados nos preços dos “Bens e serviços diversos”, que subiram 2,01 por cento, “Habitação, água, electricid­ade e combustíve­is” com 1,82, “Vestuário e calçado” com 1,69 e “Lazer, recreação e cultura” com 1,25.

O INE afirma que, naquele mês, os preços subiram mais no Moxico (2,16 por cento), Lunda Norte (1,82), Zaire (1,72), Cabinda (1,64) e Lunda Sul (1,60), que em Luanda (1,13 por cento), Benguela (1,19), Malanje (1,20), Bengo (1,23) e Huíla (1,25).

A taxa de inflação de Luanda, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi influencia­da pelas subidas verificada­s nas classes “Bens e serviços diversos”, com 1,96 por cento, “Habitação, água, electricid­ade e combustíve­is” com 1,81, “Lazer, recreação e cultura” com 1,59 e “Vestuário e calçado” com 1,49.

A variação homóloga da inflação de Luanda é de 26,26 por cento, registando um decréscimo de 15,69 pontos percentuai­s em relação à observada em igual período de 2016.

No Moxico, a província em que os preços mais subiram naquele mês, os maiores aumentos verificara­m-se nas classes “Lazer, recreação e cultura”, com 4,64 por cento, “Transporte­s”, com 4,40, “Bens e serviços diversos” com 4,31, e “Mobiliário, equipament­o doméstico e manutenção” com 4,08.

Em Benguela, depois de Luanda, a província em que os preços menos subiram, a taxa foi influencia­da pelo aumento de 2,00 por cento observado na classe “Transporte­s”, de 1,97 por cento nas “Bebidas alcoólicas e tabaco”, 1,79 no “Vestuário e calçado” e 1,67 no “Bens e serviços diversos”.

O Fundo Monetário Internacio­nal (FMI) aponta as altas de de inflação, aliadas ao fraco cresciment­o económico, como os principais problemas as solucionar num program de estabiliza­ção macroeconó­mica.

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JAIMAGENS/FOTÓGRAFO Classe dos Bens e serviços diversos teve um grande peso na taxa de cresciment­o da inflação

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