ENSA anuncia 37 mil milhões em prémios de seguro
O presidente do conselho de administração da Empresa Nacional de Seguros de Angola (ENSA) anunciou ontem, em Luanda, estatísticas que atribuem à companhia a obtenção de prémios - prestação paga pelo segurado - cifrados em 37.949 milhões de kwanzas entre Janeiro e Setembro do ano passado.
Manuel Gonçalves, que falava num encontro com jornalistas consagrado ao 40º aniversário da ENSA que se assinala a 15 de Abril -, indicou que, contra o volume de prémios daquele período, estão projectados lucros líquidos de cerca de 669,2 milhões de kwanzas.
A companhia prevê que a taxa de sinistralidade - os custos com indemnizações aos clientes - ascenda a cerca de 21 mil milhões de kwanzas, avançou o presidente do conselho de administração. Em 2017, prosseguiu, a ENSA registou um crescimento efectivo de 11 por cento em termos de produtos de prémios emitidos - menos um por cento que a meta traçada para o cômputo do ano -, o que implicou um crescimento de 44 por cento em termos de resultado líquido.
“Quando fizemos a nossa previsão e definimos o plano de negócios, a antevisão era atingir uma cifra de 12 por cento de crescimento anual”, o que, “curiosamente”, tem sido a média de crescimento anual, mesmo em tempos de crise.
Desafios
O presidente da ENSA apontou a qualidade dos quadros como o principal desafio da empresa. “Este é um desafio que enfrentam todas as seguradoras”, disse.
Referiu que, a maior parte das seguradoras tem um grande número de quadros estrangeiros por considerarem não os haver no mercado.
Manuel Gonçalves reclamou a posição da ENSA como líder e o seu papel de mobilizador da cultura de seguros, suportando a sua actividade diária “na criação e entrega de valor aos seus trabalhadores, clientes e accionistas”. A Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE) instala, até Março, 15 mil novas ligações domiciliares nos municípios do Andulo, Camacupa, Chinguar e Cuito, onde, no domingo, a presidente do conselho de administração da companhia anunciou a empreitada.
As ligações resultam dos investimentos do Governo em prol do abastecimento de energia às populações, afirmou Ruth Safeca à imprensa durante uma visita do ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, à província do Bié.
Como parte da operação, a ENDE vai montar 34 postos de transformação para elevar a capacidade de atendimento à população e resgatar a boa imagem junto dos consumidores, acrescentou a responsável, notando que, nesta altura, a companhia tem maior presença na cidade do Cuito, onde tem 15 mil clientes. A capital do Bié atravessa um período de restrições no fornecimento por a central térmica de Caluapanda estar a funcionar apenas com dois dos quatro geradores instalados, que fornecem três megawatts de uma capacidade instalada de dez.
A agravar a situação está a suspensão do abastecimento de electricidade da barragem do Gove (Huambo), actualmente com problemas técnicos.
Sábado e domingo, quando visitou o Bié, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, deslocouse aos municípios do Andulo, Camacupa, Catabola, Cuito, Cunhinga e Nhârea, onde foi informado sobre a evolução do sector. De salientar que, até Outubro, o Cuito dispunha de uma oferta de apenas nove megawatts - seis da barragem do Gove e três (3) da central térmica do Caluapanda -, quantidade considerada insuficiente.