Jornal de Angola

Grupo sueco decide encerrar as portas

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A multinacio­nal sueca H&M encerrou temporaria­mente as lojas na África do Sul, depois de uma onda de protestos contra uma “campanha racista” da marca, terem obrigado à intervençã­o das forças policiais, noticiou ontem a imprensa internacio­nal.

A empresa explica que se trata de uma medida de segurança para prevenir novos protestos violentos à porta de lojas, numa altura em que os sul-africanos pedem a saída da multinacio­nal do país.

Durante o fim de semana vários os protestos foram mobilizado­s pelo partido socialista revolucion­ário Economic Freedom Fighters (EFF) para protestar contra a nova campanha da marca. Em causa estão alegadas práticas discrimina­tórias na escolha de uma criança negra para fazer publicidad­e a uma camisola, onde se lê: “O macaco mais fixe da selva”.

A fomentar ainda mais os protestos, está o facto de na campanha aparecer ainda uma criança branca, mas com a frase “especialis­ta em sobrevivên­cia na selva”. Depois de ter surgido a polémica, a empresa público pediu desculpas públicas e retirou a campanha com a criança negra. Ainda assim, não foi suficiente para fazer acalmar os protestos.

O vice-presidente do EFF, Floyd Shivambu, afirma que “todos os cidadãos devem concordar que a marca não deve continuar a operar na África do Sul”, depois do escândalo. Em comunicado, a empresa salientou que “está ciente dos recentes eventos” que ocorreram na África do Sul e que, por prevenção, optou por encerrar temporaria­mente todas as lojas da marca no país. “Estamos a acompanhar de perto a situação e em breve anunciarem­os quando as lojas serão reabertas”, frisa.

Em reacção à polémica, também o cantor canadiano The Weeknd decidiu romper a sua colaboraçã­o com a empresa sueca em protesto contra o anúncio.

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