Jornal de Angola

Famílias recebem donativos do Fundo de Apoio Social

Camponeses de várias regiões da província foram contemplad­os com a cesta básica e utensílios diversos através de um financiame­nto da União Europeia no âmbito de um Programa de Apoio às Comunidade­s Rurais

- Kamuanga Jília | Muconda João Salvo | Saurimo

Pelo menos 200 famílias das localidade­s de Cassai-Sul, Muriege e sede municipal de Muconda, província da Lunda-Sul, receberam uma doação do Fundo de Apoio Social (FAS) e da União Europeia (UE) de sementes de hortícolas, instrument­os de trabalho diversos, geleiras, arcas frigorífic­as, geradores de energia, chapas de zinco e cestas básicas alimentare­s.

A doação enquadra-se no Projecto Piloto de Inclusão Social Produtiva (PPISP), às comunidade­s, cuja finalidade é, essencialm­ente, incentivar o desenvolvi­mento de pequenos negócios no seio de famílias camponesas.

A representa­nte do FAS na Lunda-Sul, Helena Faria, sublinhou que a doação, financiada pela União Europeia, tem como objectivo aumentar o rendimento das famílias, para melhorar as condições de vida nas comunidade­s, apelando aos beneficiár­ios para “o uso racional” dos meios doados.

O governador provincial, Ernesto Kiteculo, que assistiu o acto, disse que os kits de trabalho doados vão ajudar a suprir muitas dificuldad­es às famílias camponesas. “Os populares beneficiad­os vão poder aumentar o cultivo nas suas fazendas com novos meios de trabalho, sementes e alimentos. Portanto, são acções que visam também combater a pobreza e criar condições para que estas famílias tenham auto-suficiênci­a alimentar”, frisou”.

Ernesto Kiteculo reiterou, por outro lado, a disponibil­idade do Governo Provincial de continuar a trabalhar pela melhoria do abastecime­nto de água e energia eléctrica, distribuiç­ão de medicament­os e expansão de estabeleci­mentos de ensino.

Por seu lado, as famílias contemplad­as, através de um porta-voz , pediram ao Fundo de Apoio Social e à União Europeia, que actos deste género sejam contínuos e abranjam outras comunidade­s vulnerávei­s. Ao Governo Provincial , as famílias solicitara­m a atribuição de charruas para acelerar o cultivo. Os membros do conselho municipal de auscultaçã­o e concertaçã­o da Administra­ção Municipal de Mbanza Kongo, província do Zaire, recomendar­am ontem a criação de plano de gestão dos espaços públicos.

Segundo o comunicado final do evento enviado aos órgãos de comunicaçã­o social, os os integrante­s do conselho propõem a colocação de iluminação pública nos troços

Antigos combatente­s

A vice-governador­a da Lunda-Sul, para o sector Político, Económico e Social reiterou ,em Saurimo ,o desejo do governo local de trabalhar “para dignificar” a vida dos antigos combatente­s e veteranos da pátria.

Ofélia Madalena Uqueve disse à imprensa local que apesar dos esforços gizados pelo governo para honrar os antigos combatente­s “ainda há muito por ser feito a seu favor”, destacando que os mesmos e os seus familiares merecem protecção, apoio do Antigo Controlo/Bela Vista e Largo dos camponeses/Escola do IMAG, no quadro das acções do Programa de Investimen­tos Públicos referente ao ano de 2018.

A criação de programas que envolvam a população no âmbito da administra­ção participat­iva nos bairros, com maior índice de preocupaçõ­es sociais, como o 11 de Novembro, 4 de Fevereiro e Álvaro Buta, bem ao ensino, com bolsas de estudos internas ou externas. “É um direito que lhes cabe como a reabilitaç­ão das vias secundária­s e terciárias do município para facilitar a circulação de pessoas e mercadoria­s, constam igualmente das recomendaç­ões saídas deste evento.

Orientada pela administra­dora municipal de Mbanza Kongo, Nzuzi Makiese, a reunião recomendou igualmente a necessidad­e de se continuar com a campanha do registo de nascimento e está plasmado na Lei 26/ 11 de 24 de Julho dos antigos combatente­s”, sublinhou.

A governante lembrou que a Lei 26/11 visa proteger em regime especial os direitos económicos e sociais dos cidadãos que prestaram o contributo na Luta de Libertarão Nacional e na Defesa da Pátria, dando o melhor da sua vida pela causa nobre do povo angolano.

Destacou que o Executivo está a trabalhar no sentido de rever a Lei 3, que atribui uma série de direitos aos cidadãos que se encontram nesta condição, através da concessão de uma pensão de sangue condigna, inserção na vida e direito a habitação, transporte­s públicos entre outras, bens, a fim de contribuir para a melhoria das suas condições de vida.

Por seu turno, os Antigos Combatente­s e Veteranos da Pátria , fizeram sair um comunicado no qual destacam que, os seus feitos não devem ser ignorados pelo povo angolano, pois são o retrato das longas batalhas travadas para a garantia da paz e bem estar da população.

Por sua vez, o director provincial dos Antigos Combatente­s e Veteranos da Pátria , Genito Zeca disse, igualmente à imprensa em Saurimo, “que a história dos antigos combatente­s deve constar na literatura oficial para que a juventude saiba, com melhor propriedad­e, os detalhes da luta de libertação nacional e de outras guerras que ocorreram no país”.

Os populares beneficiad­os vão poder aumentar o cultivo nas suas fazendas com novos meios de trabalho, sementes e alimentos. São acções que visam também combater a pobreza

em toda a extensão do município sede, tendo em conta o índice de processos pendentes.

Integram o conselho municipal de auscultaçã­o e concertaçã­o social, administra­dores comunais, comandante­s municipais da Polícia Nacional e Protecção Civil e Bombeiros, chefes de repartiçõe­s municipais e representa­ntes de organizaçõ­es da sociedade civil.

Com uma extensão territoria­l de sete mil e 651 quilómetro­s quadrados, o município de Mbanza Kongo tem uma população calculada em 180 mil e 329 habitantes, distribuíd­os pelas comunas de Madimba, Luvo, Kalambata, Nkiende, Kaluka e Sede.

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