Formados técnicos em enfermagem geral
A Escola de Formação de Técnicos de Saúde de Ondjiva, na província do Cunene, formou 129 técnicos do segundo curso de enfermagem geral e de análises clínicas.
Do grupo de recém-formados, que vão reforçar os serviços de saúde da província, 84 concluíram o curso de enfermagem geral e 45 de análises clínicas. Na cerimónia de entrega de diplomas, a directora da escola , Ana Dionísio, disse que os novos formandos terminaram com êxito após quatro anos de formação.
“Estamos a apostar na formação de qualidade no sector de Saúde, dando seguimento ao Plano Nacional de Saúde que visa potenciar o sector com técnicos capacitados nas diversas áreas. É um projecto que iniciou há três anos e se estenderá até 2025”, frisou.
Por seu lado, o governador provincial do Cunene, Kundi Paihama, que foi convidado a proceder o encerramento do acto , disse que a formação profissional no sector da saúde, “é hoje um dos factores relevantes da estratégia do Executivo angolano” com vista ao desenvolvimento do país.
“A formação de técnicos de Saúde faz parte da agenda de prioridades do Executivo, pois, pretende-se suprir a carência de quadros nas zonas recônditas, para se dar resposta aos grandes desafios do sector”, disse. Um total de 220 alunos , dos 520 alunos da 10ª a 12ª classe matriculados em 2017 no Instituto Médio Agrário (IMA), na província do Cuanza Norte, desistiram das aulas
Segundo a directora da instituição, Luciana Garcia, em declarações à Angop, as desistências foram registadas nos cursos de recursos florestais, produção animal e vegetal por diversos motivos.
Apesar do grau de aproveitamento ser considerado de positivo, com 80 por cento de aprovações, a responsável manifestou-se preocupada com o número de alunos que abandonaram as aulas. A falta de transporte de alunos da escola ao centro da cidade de Ndalatando e vice-versa, num percurso de 12 quilómetros, foi apontada por Luciana Garcia como uma das causas.
"A falta de transporte é um indicador e é quase certeza que tem influenciado nos casos de abandono e reprovação, dada a distância que separa a escola ao centro da cidade, de onde são provenientes quase todos os alunos", sublinhou.
Aquela directora disse que o único autocarro que a instituição dispõe, desde a sua inauguração em 2008, já não funciona devidamente, além de ser insuficiente para transportar o números de alunos e professores, acrescentado é necessário um acompanhamento contínuo das famílias para evitar o agravamento do problema.
Outro factor apontado por Luciana Garcia, é o desinteresse dos alunos, motivado pelas dificuldades de inclusão no mercado de emprego, após a conclusão do ciclo de formação, bem como a falta de incentivo dos pais.
A ausência de uma aposta na absorção dos técnicos agrários, aliado ao facto de o Estado, actualmente, prestar mais atenção aos sectores da Educação e Saúde, faz com que quadros formados nestas áreas tenham menos oportunidades de emprego.
A responsável, que informou que a instituição tem disponível mais de mil vagas para o próximo ano lectivo, mostrou-se igualmente preocupada com a prática da criminalidade no recinto escolar, caracterizada por assaltos aos dormitórios dos alunos e residências dos professores, praticados por alguns estudantes, consumo de drogas e bebidas alcoólicas.
Para combater a situação, neste ano lectivo, a instituição reforçou a vigilância na selecção de novos alunos, sobretudo os que pretendem estudar em regime de interno, para evitar que sejam admitidos estudantes com propensão a prática de crimes.
A escola vai ainda contar com a assistência de um psicólogo para ajudar na recuperação de alunos com transtornos de conduta e outros problemas comportamentais
O instituto , que ministra actualmente os cursos médios de produção vegetal e animal e recursos florestais, perspectiva nesse ano lectivo, segundo a sua directora, a reabertura do curso básico de mecanização agrícola.
Com uma capacidade para mil e 500 alunos, no ano lectivo de 2017, o IMA do Cuanza Norte matriculou 520 estudantes e as aulas foram assegurada por 46 professores, seis dos quais de nacionalidade cubana. Actualmente possui 17 salas de aulas, cinco laboratórios, sala de informática, oficinas de mecanização agrícola, biblioteca, enfermaria, área administrativa, quadras desportivas, um internato com capacidade para acolher mais de 250 alunos, anfiteatro com 160 lugares e área residencial com 27 casas para os gestores e professores do IMA.
Uma cozinha industrial e uma central de tratamento de água, inoperantes devido ao estado de degradação dos seus equipamentos, completam o estabelecimento vocacionado à formação de técnicos agrários.
A escola tem ainda um campo de produção para as práticas agrícolas, com uma extensão de 104 hectares, inexplorados desde a sua inauguração em 2008, por falta de meios de mecanização e de irrigação para a prática da agricultura.
“Falta de transporte é um indicador e é quase certeza que tem influenciado nos casos de abandono e reprovação, dada a distância que separa a escola ao centro da cidade