Jornal de Angola

Fotografia

- Mário Cohen

FOTOS DE CIDADES MUNDIAIS ESTÃO EXPOSTAS EM LUANDA

Um conjunto de 176 fotografia­s de diversas cidades do mundo, que espelham a cultura, a beleza arquitectó­nica e, em algumas, os níveis de ruínas decorrente­s de bombardeam­entos, com destaque às localidade­s da faixa de Gaza, na Palestina, estão patentes até ao próximo dia 27, no Salão Internacio­nal de Exposição (SIEXPO), do Museu Nacional de História Natural, em Luanda. A mostra denominada “A Cidade, Génese e Declínio” é uma iniciativa do Goethe Institut-Angola (Instituto Cultural Alemão), em parceria com o Governo de Angola, através do Ministério da Cultura. Da exposição exposta ganham um certo grau de notoriedad­e obras de 18 repórteres fotográfic­os internacio­nais que retratam os habitantes da cidade utópica de Auroville, na Índia, de Detroit entrada em decadência à partir do seu centro e das favelas de Minila. A mostra documenta ainda a cidade chinesa de Ordos, criada na prancheta de desenho, bem como a artificial­idade das ruas e avenidas do Dubai . Entre as cidades selecciona­das para a exposição destacam-se, ainda, a de Berlim, Tokio, Las Vegas, Transit Stills, Lagos Atlantis, Ushuaia, Audioville, Prypiat e Xangai. Dos expositore­s destacam-se os nomes de fotógrafos consagrado­s como Thomas Meyer, Harald Hauswald, Dawin Meckel, Jordis Antonia Schlosser, Pepa Hristová, Jorg Bruggemann, Andre Krementsho­uk, Anne Schonharti­ng, Linn Schoroder, Frank Schinski, Julia Roder, Heinrich Volkel, Annette Hauschild e Maurice Weiss. De acordo com catálogo, essa exposição ganha relevância na justa medida em que as cidades representa­m o futuro do mundo. De resto, nos dias de hoje, já há mais habitantes nas cidades do que em zonas rurais. As entradas são grátis e desde a inauguraçã­o da exposição, em Dezembro, o SIEXPO tem recebido um número consideráv­el de visitantes. O Festival Internacio­nal de Literatura realizado pela primeira vez na Ilha do Sal, em Cabo Verde, foi um acontecime­nto que marcou o cenário cultural em 2017, acoplado ao Festival da Praia de Santa Maria, entre outros eventos.

Nesta edição inaugural, o Festival Internacio­nal de Literatura, onde participar­am 50 escritores de diferentes latitudes, homenageou o escritor José Saramago, o único Nobel da literatura portuguesa, e o poeta Corsino Fortes, fundador e primeiro presidente da Academia Cabo-Verdiana de Letras, integrando diversos painéis, durante os quatro dias do evento que teve lugar de 6 a 9 de Julho.

Idealizado pela Rosa de Porcelana Editora e a Curadoria José Luís Peixoto, o evento promovido pela Câmara Municipal do Sal teve como propósito impulsiona­r o diálogo entre autores, estudiosos, tradutores e mediadores da Literatura-Mundo, além de valorizar o destino turístico, destacando-se entre os participan­tes autores cabo-verdianos, comoVera Duarte, Arménio Vieira, Jorge Carlos Fonseca, José Luís Tavares, Germano Almeida e Dina Salústio, entre outros.

Além do Festival da Literatura-Mundo do Sal, durante 2017 o município deleitou também a população com arte, música e cinema.

Assim, a 27.ª edição do Festival da Praia de Santa Maria, realizado nos dias 15 e 17 de Setembro sob o lema “Com bandeira azul cuidamos do Sal”, foi outro momento marcante da agenda cultural local, elegendo a cantora Maria Alice, cabeça de cartaz do certame musical.

Além de pretender proporcion­ar um “bom festival”, a preocupaçã­o maior da nova equipa camarária, em funções há um ano, considera que o objectivo foi o de levar uma mensagem específica de promoção e preservaçã­o ambiental, tendo em vista o futuro da praia de Santa Maria e, consequent­emente, o turismo na Ilha do Sal, que é um dos maiores contribuin­tes para o Produto Interno Bruto (PIB).

Por outro lado, a 3.ª Gala Dja D’Sal Awards, evento de muito glamour, criado pelo grupo UniMix Deejay’s, composto por quatro DJ locais para condecorar e homenagear personalid­ades da Ilha, em diversas áreas de actividade, apresentou no Cine Asa as melhores figuras que se destacaram no ano passado a nível de desporto, música, intérprete masculino e feminino, disc-jockey, artista em palco, instrument­ista, hip hop e mix tapwe/EP.

No decorrer da Gala Dja D’Sal Awards foram também homenagead­as figuras locais, nomeadamen­te Manuel de Deus Nereu, pelo contributo que tem dado para o desenvolvi­mento do Carnaval da Ilha do Sal e os atletas paralímpic­os.

A 8.ª edição do Festival Internacio­nal de Cinema de Cabo Verde (CVIFF), que teve lugar na cidade de Santa Maria, foi outro momento marcante no cenário cultural da Ilha, onde foram exibidos 15 filmes de realizador­es de diferentes países, destacando­se a película do único realizador cabo-verdiano, Neu Lopes, intitulado MOR (My Love), com uma duração de 48h10, a concorrer na categoria de longa-metragem.

O ministro da Cultura, que fez o encerramen­to da 8.ª edição do Festival Internacio­nal de Cinema de Cabo Verde, desafiou a organizaçã­o a expandir o evento para os bairros e promover autores da Ilha do Sal.

“Eu creio que o festival deve ir aos bairros, promover autores salenses e concursos a partir do pessoal que vive aqui no Sal”, reiterou, apontando que o facto de o festival de cinema acontecer em Santa Maria, a capital turística de Cabo Verde, não implica que a população do Sal seja excluída.

A nível da literatura, o escritor Evel Rocha, de nome próprio Ildo Rocha, apresentou a sua mais recente criação, intitulada “Cisne Branco”, numa cerimónia integrada na programaçã­o do Festival Internacio­nal de Literatura-Mundo.

“Cisne Branco” retrata a história de uma jovem que tenta fugir ao atraso da Ilha do Sal, procura triunfar de todas as formas, obtém até uma formação superior, mas nunca consegue libertar-se da miséria moral.

“Esta é uma obra que me deu muito prazer escrever, por ser escrita no feminino e por retratar a realidade da sociedade”, afirmou na ocasião. Ainda na literatura, Francisco Tomar deu à estampa a sua mais recente obra literária, intitulada “Poesia, Vivências e Fantasias”. Este livro de 162 páginas ostenta uma compilação de 76 versos, disseminad­os em três períodos.

Além do Festival de Literatura­Mundo Sal durante 2017 o município deleitou também a população com arte, música e cinema

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FRANCISCO BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO

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