Falta de saneamento básico provoca aumento de casos
O surto de cólera que assola a cidade do Uíge, desde Dezembro último, deve-se ao facto de uma parte da população viver em zonas com deficiência de saneamento básico e de consumir água imprópria, afirmou o governador provincial.
Pinda Simão, que falava no encerramento da 13ª Assembleia Geral da Igreja Evangélica Reformada de Angola (IERA), realizado no município do Songo, acrescentou que grande parte da população atingida pelo surto não dispõe de latrinas em suas residências e acabam por defecar ao ar livre, produzindo grandes focos de lixo próximo das valas de drenagem das águas residuais.
O governador avançou que as equipas técnicas de educação e sensibilização das comunidades, sobre as formas de prevenção da doença, constataram que mais de 60 por cento das cacimbas existentes nos bairros periféricos da cidade se encontram em mau estado de conservação, contendo água imprópria para o consumo humano.
A propósito, Pinda Simão garantiu que o Governo Provincial em colaboração com o Ministério da Saúde trabalham na criação de mecanismos mais adequados para resolver os problemas sociais da população, que vive nas zonas suburbanas, onde o saneamento básico é crítico.
Disse ainda que alguns parceiros sociais também trabalham no sentido de pôr fim à epidemia e apelou aos líderes religiosos e responsáveis de organizações filantrópicas no sentido de se juntarem aos esforços das autoridades da província nas acções de combate à doença.