Questões sobre reforma debatidas em Luanda
A Organização dos Produtores de Petróleo Africanos (APPO) começou ontem, em Luanda, a debater aspectos relacionados com a estratégia de implementação da reforma da sua estrutura e com a recapitalização do fundo para sustentar os projectos que tem em vista.
Os peritos da organização, composta por 18 países membros, têm em pauta questões estruturais para o futuro da organização que até agora tem apenas Angola, África do Sul e Nigéria como os grandes contribuintes financeiros. Os restantes países têm até agora resistido a contribuições por razões de vária ordem.
Na reunião de ontem, cuja grande ausente foi a África do Sul, os peritos da APPO começaram a desenhar o que vai ser o futuro da organização, preparando todo o dossiê a ser submetido ao Conselho de Ministros da organização, a ser realizado no dia 19 do mês em curso, em Luanda. A reunião deve debruçar-se sobre a implementação da estratégia de reforma da organização e de recapitalização do fundo da APPO para a cooperação técnica, instrumentos cruciais para a conclusão da reforma em curso.
O secretário de Estado dos Petróleos, Paulino Jerónimo, falou do momento em que a indústria petrolífera tenta adaptar-se à nova realidade imposta pela conjuntura actual do mercado mundial. Reconheceu o facto da reunião ter lugar num momento de grande reflexão sobre o caminho a seguir pela indústria petrolífera.
Paulino Jerónimo considerou que o cenário actual do preço do petróleo no mercado internacional obriga a todos operadores e empresas de prestação de serviços a serem cada vez mais engenhosos na procura de soluções de redução de custos, sem comprometer a produção e tornar as operações mais eficientes.
Num passado recente, lembrou, a manutenção de preços reduzidos e a incerteza sobre a procura futura de petróleo fez reduzir o investimento na área de pesquisa de novos campos petrolíferos.