Densidade populacional na base dos entraves
O aumento da população, em Luanda, e a falta de serviços em número suficiente para atender as necessidades da população foram apontadas ontem, em Luanda, pelo ministro da Justiça e dos Direitos Humanos como uma das principais causas que faz com que se registem grandes enchentes nos postos de registo, sobretudo no Serviço Integrado de Atendimento ao Cidadão (SIAC) de Talatona.
Francisco Queiroz, que falava no final de um encontro multissectorial que juntou os ministérios da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social; da Educação e do Ensino Superior, sustentou que a explosão demográfica de Luanda não foi acompanhada pela Administração Pública, em geral. “Não é só neste aspecto em concreto. Em todos os aspectos da Administração Pública há défice quanto à estrutura e órgãos para atender à grande demanda provocada pela grande densidade populacional. A população de Luanda aumentou grandemente e tem estado a aumentar”, afirmou.
O ministro informou que, além desse problema, há também um de carácter estrutural, que tem a ver com a disciplina de alguns funcionários que trabalham nesses lugares.
Francisco Queiroz deu a conhecer que há ainda uma mentalidade muito marcada por vícios. “As pessoas aproveitam-se das dificuldades para obterem vantagens pessoais. Isso é algo que nós não colocamos nas circunstâncias conjunturais, mas preferimos colocá-las nas circunstâncias estruturais, porque temos que ver isso numa perspectiva estrutural”, disse.