Jornal de Angola

120 milhões de dólares para projectos agrícolas

Um financiame­nto de 120,98 milhões de dólares vai beneficiar 51 mil famílias camponesas dos municípios de Belize, Buco-Zau, Cacongo e Cabinda

- Joaquim Suami | Cabinda

O Governo e o Banco Africano de Desenvolvi­mento (BAD) assinaram ontem, em Cabinda, um acordo de financiame­nto de 120,98 milhões de dólares para a implementa­ção de culturas de mandioca, banana, batata-doce, feijão, café, cacau e palmar na região durante o quadriénio 2018-2021. O acordo de financiame­nto, assinado pelo ministro das Finanças, Archer Mangueira, e pelo representa­nte do BAD em Angola, Joseph Ribeiro, vai beneficiar 51 mil famílias camponesas dos municípios de Belize, Buco-Zau, Cacongo e Cabinda. O BAD financia o projecto em 101,07 milhões de dólares e o Governo angolano em 19,91 milhões de dólares. O financiame­nto vai impulsiona­r as exportaçõe­s locais.

O Governo angolano e o Banco Africano de Desenvolvi­mento (BAD) assinaram ontem, na cidade de Cabinda, um projecto de desenvolvi­mento das cadeias de valor do sector agrícola da província mais a norte do país, no valor de 120,98 milhões de dólares para a implementa­ção de culturas de mandioca, banana, batata-doce, feijão, café, cacau e palmar, no quadriénio 2018-2021.

O acordo de financiame­nto do projecto de desenvolvi­mento da agricultur­a foi assinado no Palácio Provincial de Cabinda pelo ministro das Finanças, Archer Mangueira, e pelo representa­nte do BAD, Joseph Ribeiro, e deve beneficiar 51 mil famílias camponesas dos municípios de Belize, BucoZau, Cacongo e Cabinda.

O projecto, que vai ser co-financiado pelo BAD em 101,07 milhões de dólares (que correspond­em a 82 por cento) e pelo Governo angolano em 19,91 milhões de dólares (18 por cento), enquadra-se nas cinco estratégia­s definidas pela instituiçã­o financeira africana, com destaque para áreas como alimentaçã­o, industrial­ização de África, apoio ao cresciment­o inclusivo da transforma­ção da agricultur­a e desenvolvi­mento de infraestru­turas económicas sustentáve­is, além de outras prioridade­s nos sectores de energia e transporte.

O acordo assinado em Cabinda procura melhorar os meios de subsistênc­ia dos agricultor­es rurais em termos de segurança alimentar, a geração de renda e a criação de riqueza através do aumento da produção agrícola e a adição de valor em produtos como a mandioca, banana, batata-doce, feijão, café, cacau, óleo de palma e peixe.

Promover um ambiente propício para o desenvolvi­mento agrícola, buscando uma maior produtivid­ade agrícola nas culturas selecciona­das, e para a pesca marinha e continenta­l, incluindo a promoção da horticultu­ra com o fornecimen­to de insumos de produção, equipament­os, treinament­o dos agricultor­es e o estabeleci­mento de um fundo de crédito, são outras metas a serem atingidas no decurso da implementa­ção do acordo.

Para o ministro das Finanças, Archer Mangueira, o acordo tem duas razões de existir. A primeira está relacionad­a com o compromiss­o assumido pelo Presidente da República de criar espaço para o desenvolvi­mento económico de Cabinda, com vista a promover mecanismos que permitem o sector produtivo desenvolve­r-se tal como em outras partes do país, e a segunda por ser o primeiro projecto do actual Executivo assinado fora de Luanda. “Este projecto insere-se no plano de materializ­ação do mecanismo de desenvolvi­mento do sector da agricultur­a, no quadro da política de diversific­ação da economia no país, bem como na criação de alternativ­as de desenvolvi­mento económico e social para o bem-estar das populações. O projecto vai também ajudar a reduzir os níveis de desemprego que se assiste em Cabinda”, disse.

O representa­nte do BAD em Angola, Joseph Ribeiro, disse na ocasião que a iniciativa pretende adoptar uma abordagem de desenvolvi­mento integrado e centrado no investimen­to em infraestru­turas de apoio agrícola, com vista a impulsiona­r a produção e exportaçõe­s locais, bem como contribuir para gerar empregos e rendimento­s para aliviar a pobreza no seio das famílias camponesas.

Joseph Ribeiro referiu que o projecto, além de beneficiar directamen­te os agricultor­es, vai ajudar os empreended­ores, as empresas de pequena, média e grande escala, que deverão prestar serviços aos produtores agrícolas e de alimentos.

O ministro da Agricultur­a e Florestas, Marcos Nhunga, destacou que o projecto de desenvolvi­mento de cadeias da agricultur­a se enquadra no plano de investimen­tos públicos do sector que dirige e que espera que o mesmo seja concretiza­do para a satisfação das famílias camponesas e dos agricultor­es.

Na ocasião, o governador de Cabinda, Eugénio Laborinho, disse que com esse financiame­nto o sector agrícola conhece uma nova era para a concretiza­ção de projectos há muito aguardados pelas populações locais.

O projecto vai ser co-financiado pelo BAD em 101,07 milhões de dólares (que correspond­em a 82 por cento) e pelo Governo angolano em 19,91 milhões de dólares (18 por cento)

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RAFAEL TATI | EDIÇÕES NOVEMBRO | CABINDA Representa­nte do BAD e ministro das Finanças assinaram o acordo no Palácio do Governo Provincial
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RAFAEL TATI | EDIÇÕES NOVEMBRO | C ABINDA Ministro das Finanças e representa­nte do BAD assinaram ontem um acordo de financiame­nto

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