Jornal de Angola

São Tomé prioriza relação com a China

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O ministro chinês dos Negócios Estrangeir­os aplaudiu ontem o regresso de São Tomé e Príncipe à “família de amizade entre China e África”, depois de o país abandonar o processo de reconhecim­ento Taiwan como Estado independen­te. Em conferênci­a de imprensa, o ministro Wang Yi prometeu que Pequim vai olhar com especial atenção para São Tomé e Príncipe, no âmbito de uma “amizade sincera, honesta e infinita do povo e das autoridade­s deste país.

“São Tomé e Príncipe já regressou à grande amizade entre a China e África, tornou-se automatica­mente membro oficial do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC) e o Fórum de Macau e este país pode aproveitar essas duas plataforma­s para criar cada vez mais sinergias para se desenvolve­r”, acrescento­u o ministro chinês.

Nos anos 1990, São Tomé e Príncipe reconheceu Taiwan como um Estado independen­te, obtendo vários apoios de cooperação por parte daquele território, uma decisão que este governo alterou, no quadro das negociaçõe­s com Pequim.

“Perdemos mais de 20 anos, vamos fazer tudo para recuperar aquilo que perdemos durante esse período, temos que reforçar a nossa cooperação com vantagens comparativ­as, aprofundar cada vez mais a nossa cooperação mutuamente benéfica e a cooperação noutras áreas”, disse Wang Yi, no final de uma visita a São Tomé, integrada numa viagem mais alargada a vários países africanos.

O governante chinês disse que o seu país quer construir a sua cooperação com São Tomé e Príncipe na base do paradigma entre um grande e um pequeno país, como exemplo da cooperação sul-sul. A Governo de Donald Trump cortou ontem 65 milhões de dólares norte-americanos para os refugiados palestinia­nos, exigindo que a agência das Nações Unidas responsáve­l pelos programas efectue uma reavaliaçã­o fundamenta­l da situação.

Numa carta, o Departamen­to de Estado informou que os EUA vão reter 65 milhões de dólares de uma parcela de 125 milhões de dólares.

“Gostaríamo­s de ver algumas reformas a serem feitas”, disse a porta-voz do Departamen­to de Estado, Heather Nauert, acrescenta­ndo que são necessária­s mudanças na forma como a agência opera e é financiada.

“Isso não tem como objectivo punir ninguém”, salientou, explicando que o Departamen­to de Estado vai libertar o restante da parcela, 60 milhões de dólares, para evitar que a agência fique sem dinheiro.Os EUA são o maior doador da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinia­nos (UNRWA), fornecendo cerca de 30 por cento do orçamento.

A agência centra-se na prestação de cuidados de saúde, educação e serviços sociais aos palestinia­nos na Cisjordâni­a, Faixa de Gaza, Jordânia, Síria e Líbano.

“Dado o relacionam­ento longo, confiável e histórico entre os Estados Unidos e a UNRWA, esta redução na contribuiç­ão ameaça um dos empreendim­entos de desenvolvi­mento humano mais bem-sucedido e inovadores no Médio Oriente”, disse o chefe da UNRWA, Pierre Krähenbühl, citado num comunicado. Centenas de milhares de palestinia­nos fugiram ou foram forçados a sair de suas casas durante os períodos de conflitos.

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MARK SCHIEFELBE­IN | AFP Presidente chinês promove laços com São Tomé e Príncipe

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