Paulo Portas considera séria a transição em Angola
A adpção de uma nova política cambial e da concorrência no mercado foram apontadas pelo vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), Paulo Portas, como sinais de que a transição em Angola “é para levar a sério” e não “cosmética” como consideram alguns analistas.
Num encontro com empresários, na terça-feira, em Lisboa, o ministro português dos Negócios Estrangeiros entre 2011 e 2013 considerou que “era evidente que havia na própria comunidade internacional a expectativa de que houvesse também mudanças na política cambial [mais flexível] e na política de concorrência”.
Paulo Portas realçou que estas mudanças são “muito importantes” para as empresas poderem expatriar os dividendos e fazerem os seus pagamentos.
Sobre as relações entre Angola e Portugal, o responsável referiu apenas que o relacionamento entre Lisboa e as outras capitais lusófonas é muito importante, não apenas para a economia portuguesa, mas para a afirmação do país europeu no mundo.
O que interessa às empresas portuguesas, afirmou, “é olhar para o mundo”, posto que Portugal fez “um grande caminho” para ter uma economia mais exportadora, precisando, agora, “como de pão para a boca”, de captar investimento.
Paulo Portas fez uma intervenção considerada “global”, abordando temas como os desafios da União Europeia, o impacto da administração Trump, o papel da China na política internacional, a crise do Médio Oriente, a evolução dos países da América Latina, o posicionamento geopolítico da Rússia e a situação em diversos países de África.