Empate com os Cavalos dá motivação ao grupo
Treinador revela que a entrega e dedicação dos jogadores é garantia de melhores resultados nos próximos desafios
Depois do empate a zero, na terça-feira, frente ao Burkina Faso, os atletas da Selecção Nacional de futebol expressam a vontade de continuar na senda dos resultados positivos, que lhes permitam passar para a outra seguinte, quiçá, chegar mais longe no Campeonato Africano das Nações (CHAN 2018), que decorre em Marrocos.
Em declarações à imprensa, na cidade de Agadir, sede do grupo D, o médio Paty, que actuou durante os noventa minutos, diz ser intenção da equipa ultrapassar esta fase e o resultado do primeiro jogo reforça essa crença.
“Queríamos vencer a partida, mas não foi possível. De qualquer forma, o desfecho também não foi negativo. Por isso, vamos continuar a trabalhar para superarmos os outros adversários, para concretizarmos a nossa intenção”, realçou o atleta do Interclube, que teve nos pés três oportunidades para marcar, aos 32, 35 e 54 minutos.
Herenilson, também “totalista” em campo, fala na necessidade de melhorar a finalização. “Foi uma boa partida, mas temos que afinar a finalização, para ver se nos próximo jogos conseguimos uma vitória”, disse o jogador de 21 anos.
O defesa central Nary, que fez dupla com Wilson, ambos com noventa minutos em campo, realça a motivação do grupo, como sendo fundamental para as boas exibições e assim dignificar da melhor maneira o país.
O seu companheiro de posição reconhece que entraram receosos neste encontro de estreia, mas depois conseguiram assumir o jogo, considerando-o equilibrado.
“Criámos várias oportunidades, mas não conseguimos concretizar. O importante é não termos sofrido também. Agora é esperar o próximo embate diante dos Camarões”, analisou o jogador do Petro de Luanda.
Outros atletas, como Mano Calesso, que rendeu o jovem Vá (melhor jogador em campo, segundo a organização) e Moco (não saiu do banco) também falaram à imprensa e exteriorizaram igualmente a vontade do colectivo seguir em frente nesta prova reservada a futebolistas que actuam nos respectivos países.
Os Palancas Negras voltam a jogar no sábado frente aos Camarões, derrotados pelo Congo Brazzaville, por 0-1, na primeira jornada. Os congoleses lideram o grupo, com três pontos, seguidos pelos angolanos e burkinabes, com um ponto cada. Em último lugar estão os camaroneses, sem pontuar.
Seleccionador satisfeito
O seleccionador nacional de futebol, Srdjan Vasiljevic, mostrou-se satisfeito com a entrega dos jogadores no empate a zero com o Burkina Faso. Em conferência de imprensa, no final no encontro, o técnico afirmou que, com a dedicação e entrega demonstradas pelos atletas, virão melhores resultados.
“Estudámos muito bem o adversário, porque era teoricamente favorito, em função da sua posição no ranking da FIFA (44.º, enquanto o conjunto nacional é o 141.º). Fizemos uma pressão alta, para afastar o adversário da nossa defesa e surtiu os devidos efeitos”, realçou.
De acordo com o sérvio, a equipa abordou muito bem a organização do desafio, onde em vários momentos teve posse de bola e poderia marcar um ou dois golos, em função das oportunidades criadas.
Apesar de um conjunto renovado, em função dos problemas vividos durante a preparação, o seleccionador referiu que o objectivo é fazer bons resultados e dignificar o país. O treinador adiantou que deste jogo tira muitas ilações, para aquilo que podem ser os próximos desafios.
Melhor em campo
O internacional angolano Vá foi eleito o melhor jogador da partida Angola-Burkina Faso. O atleta do Progresso do Sambizanga, cedido a título experimental ao Leixões, da segunda liga portuguesa, foi fundamental na manobra ofensiva dos Palancas Negras, com várias investidas, quer pela direita quer pela esquerda. Teve igualmente algumas oportunidades para marcar, com realce para os 13 minutos, quando numa recarga rematou para a defesa do guardaredes contrário.
De 19 anos de idade, o futebolista foi substituído por Chiló, aos 86 minutos, e foi muito ovacionado pelo público. No final do encontro, Vá disse sentir-se feliz pela indicação, mas preferia mesmo vencer o encontro. “Toda a distinção é bem vinda, mas eu gostaria mesmo é de vencer a partida”, realçou. Prometeu, no entanto, mais trabalho para que nos próximos jogos os possam sair vitoriosos.
“Queríamos vencer a partida, mas não foi possível. De qualquer forma, o desfecho também não foi negativo. Por isso, vamos continuar a trabalhar para superarmos os outros adversários”