Jornal de Angola

Vigilantes no Cuito reclamam subsídios

- Matias da Costa | Cuito

Os 12 “vigilantes” do lar da terceira idade Elavoco Leomwenho, no Cuito, província do Bié, estão há cinco anos sem receber o pagamento dos seus subsídios de risco pelo trabalho efectuado nos períodos nocturnos.

A situação, de acordo com o que apurou o Jornal de Angola, está a causar desmotivaç­ão e absentismo.

A trabalhado­ra Paulina Azevedo revelou ao Jornal de Angola que o quadro se arrasta desde a abertura do centro da terceira idade, em 2013.

Paulina Azevedo explicou que o regulament­o do trabalho estabelece pagamentos dos serviços prestados à noites aos idosos. Paulina de Azevedo disse que trabalha todos os dias na cozinha e em várias ocasiões tem de passar noites no centro. “Por isso, é injusto não dispormos dos nossos subsídios”, lamentou.

Fernanda Joaquim, auxiliar de limpeza, conta que à noite torna-se mais complicado o atendiment­o dos mais velhos, porque tem de se seguir alguns critérios como a fiscalizaç­ão periódica dos quartos e guiá-los até às casas de banho.

O director do centro Elavoco Leomwenho, Caridade Massoxi, reconhece a falta de pagamentos dos subsídios, mas disse estarem assegurado­s os salários dos trabalhado­res que variam entre 24 mil e 28 mil kwanzas.

O responsáve­l do lar da terceira idade disse que o trabalho no centro é garantido todos os dias sem excepção apesar de os salários serem irrisórios.

O director realçou que o centro do Cuito não é um caso isolado e apontou as províncias do Moxico e Huambo que atravessam os mesmos constrangi­mentos e que o assunto é do conhecimen­to do órgão de tutela, a Assistênci­a e Acção Social. O lar Elavoco Leomwenho do Cuito alberga 70 idosos.

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