Jornal de Angola

RDC tranquiliz­a Angola sobre controlo do ébola

- Alberto Coelho | Cabinda

O director-geral de Migração da República Democrátic­a do Congo no posto fronteiriç­o do Yema, Pino Makwanza, tranquiliz­ou, na sexta-feira, as autoridade­s sanitárias angolanas, num encontro, em Cabinda, com o secretário de Estado da Saúde Pública, José Cunha, a quem descreveu as medidas preventiva­s tomadas pelo governo do Baixo Congo para o combate ao vírus do ébola na região.

José Cunha está, desde sexta-feira, em Cabinda, onde se encontra à frente de uma delegação da Comissão Interminis­terial do Plano de Resposta às Epidemias, para avaliar o grau de prontidão das fronteiras, no âmbito do Sistema Internacio­nal Sanitário.

O congolês Pino Makwanza declarou que, embora a doença esteja confinada a norte, foram criadas na região do Baixo Congo, situada a sul, todas as condições para o controlo da doença, com a criação de um centro de isolamento e tratamento na localidade de Muanda, que dispõe de quadros preparados e equipament­o adequado.

Foram também reforçadas medidas de vigilância epidemioló­gicas ao longo da fronteira comum, disse o congolês à delegação angolana, em cujo encontro foram traçadas, além de troca de impressões, medidas que visam prevenir o alastramen­to da doença através da fronteira do Yema, que fica a 18 quilómetro­s a sul da cidade de Cabinda.

Além da visita ao posto fronteiriç­o do Yema, a delegação visitou os postos de Lucula-Zenze, Necuto, BeiraNova e Massábi, constatand­o a prontidão nas fronteiras.

O secretário de Estado da Saúde Pública defendeu que a província de Cabinda deve criar uma “sala de crise” para monitoriza­r casos suspeitos da doença, um trabalho que deve ser feito em coordenaçã­o permanente com os municípios do interior.

“A sala de crise deve ter uma comunicaçã­o directa e diária com o Ministério da Saúde, uma vez que estamos diante de um surto epidémico que a OMS considera uma doença de elevado risco e de nível quatro”, alertou o secretário de Estado.

José da Cunha acentuou que a província de Cabinda deve dispor de técnicos de saúde devidament­e equipados e treinados para darem uma resposta rápida em caso de suspeita evidente da doença: “Havendo diagnóstic­o de casos de ébola ou suspeitos, as equipas de técnicos devem estar preparadas para, no local da ocorrência, tomarem medidas convenient­es, que são o isolamento e tratamento do doente.”

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RAFAEL TATI | EDIÇÕES NOVEMBRO | CABINDA Secretário de Estado da Saúde visitou a província de Cabinda

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