CARTAS DOS LEITORES
Gestos de auto-ajuda
Escrevo pela primeira vez para o Jornal de Angola e gostaria de abordar a situação relacionada com a necessidade da promoção de actos sociais de interajuda, auto-ajuda, fraternidade, solidariedade, entre outros gestos. Atendendo que temos numerosos problemas que afectam a personalidade e saúde das pessoas, que muitas vezes não bastam as unidades hospitalares para os resolver, nada melhor do que iniciativas complementares. Sem pretensão de substituição das tradicionais formas de resolução de alguns problemas, espero que a sociedade seja mais proactiva na busca de formas alternativas para resolver os seus problemas. A criação de grupos como de“alcoólicosanónimos”,apenas para exemplificar com este caso, constituiria um procedimento e gesto importantes para ajudar a muitos que se
Criminalidade e sensibilidade
A sociedade angolana, sobretudo nos grandes assentamentos populacionais, convive com uma tendência para encarar alguns actos de criminalidade com uma espécie de resignação. A onda de criminalidade afecta hoje todos os estratos da população, mas julgo que a resposta que a sociedade dá, pela forma como encara determinados crimes, parece ESCREVA-NOS Cartas recebidas na Rua Rainha Ginga, 12-26 Caixa Postal 1312 - Luanda ou por e-mail: ednovembro.dg@nexus.ao insuficiente. Gostaria que a sociedade se mobilizasse no sentido de repudiar com total veemência o cometimento de crimes violentos que, quase sempre, envolvem derramamento de sangue e culminam em mortes.
Acho que temos ainda um longo trabalho pela frente para contribuir para uma percepção que ajude no combate à criminalidade violenta. A sociedade não pode continuar a assistir ao cometimento de crimes violentos com a mesma disposição como se estivesse a assistir a um “reality show”. Temos de ganhar consciência de que, independentemente da situação difícil, do ponto de vista económico e financeiro, não podemos promover uma espécie de sensação de que o crime violento é parte intrínseca da vida dos angolanos.