Jornal de Angola

Pobreza e isolamento impedem acesso à Justiça

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O coordenado­r residente das agências das Nações Unidas na Guiné-Bissau, David McLachlan-Karr, disse ontem que a pobreza e o isolamento populacion­al impedem o acesso dos guineenses à Justiça.

“O acesso dos cidadãos aos tribunais é ainda, com muita frequência, impedido, não só por razões da pobreza generaliza­da da maioria da população guineense, mas também por outras causas ligadas ao isolamento populacion­al em relação às estruturas do Estado encarregue­s de administra­r a Justiça”, afirmou David McLachlan-Karr.

O coordenado­r residente das agências das Nações Unidas falava durante a cerimónia de inauguraçã­o do novo tribunal de Mansoa, construído com o apoio do Programa da ONU para o Desenvolvi­mento (PNUD) e orçado em 201.700 dólares no âmbito do projecto Estado de Direito e Justiça, iniciado em 2011 e que está a ser implementa­do nas oito regiões da Guiné-Bissau.

“Para acudir a necessidad­e do Estado de descentral­izar os serviços de Justiça, o PNUD disponibil­izou-se para apoiar as autoridade­s da Guiné-Bissau na construção dos tribunais de sector.

O objectivo principal é o de favorecer o acesso das populações às estruturas da Justiça, sobretudo, às populações residentes no interior do país”, salientou.

O tribunal de Mansoa é o terceiro a ser construído no âmbito do projecto, que visa fornecer assistênci­a técnica e financeira para melhorar o acesso dos cidadãos à Justiça. O primeiro foi construído em Canchungo, na região de Cacheu, e o de Bubaque, na região de Bolama/Bijagós.

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