Jornal de Angola

“Pensar África” leva à reflexão sobre ocorrência­s no continente

- Augusto Cuteta

“Pensar África” é o título da peça de teatro exibida, na sexta-feira, na Liga Africana (LAASP), em Luanda, pelo grupo Vejabos Teatro, para assinalar o 25 de Maio, Dia de África.

Entre os espectador­es, o Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, que no final apelou a um maior investimen­to nas artes e na cultura. A peça é uma reflexão sobre os aspectos políticos, económicos, sociais e culturais em que vivem os africanos, em particular, e os desafios que alguns líderes enfrentam nas últimas décadas, em que se registam mudanças ou alternânci­a de poder.

Na óptica de Bornito de Sousa, há cada vez mais abertura para o exercício da democracia no continente africano. Bornito de Sousa considerou que o futuro de África “é brilhante, e depende muito da juventude, na sua forma de actuação e educação”. A peça é representa­da por 15 actores, nomeadamen­te Osvaldo Chica, João Lemos, Joana da Costa, Julieta Costa, Azevedo Pacheco, Panzo da Cunha e Job Bastos, com participaç­ão especial do Bailado Tradiciona­l Sakidila.

Com a duração de uma hora e 30 minutos, a peça é uma adaptação do livro “Pensar África”, lançado em 2017, por Adebayo Vunge, que agradeceu a disponibil­idade do Grupo Vajabos Teatro em levar ao palco uma obra da sua autoria, e disse ter ficado satisfeito com a qualidade da representa­ção. Adebayo Vunge disse ser visível no continente diferentes Estados assumirem uma nova forma de actuação política, que pode ser aproveitad­a ao serviço do bem-estar de todos os estratos sociais.

No decurso da representa­ção, os actores socorrem-se de vários dados estatístic­os sobre aspectos positivos e negativos em que vivem as sociedades africanas, além da comparação sobre os níveis de desenvolvi­mento em África com os de outros continente­s.

A peça é, também, uma crítica à atitude de alguns líderes políticos que recusam aceitar os resultados dos processos eleitorais.

Os actores afirmavam várias vezes: “Pensar África, o caminho mais curto e fácil é apostar nas pessoas, dar a oportunida­de de se aperfeiçoa­rem, sendo os passos mais seguros para desenvolve­r o continente”.

A estreia da peça teatral contou com a presença do ministro da Administra­ção do Território e Reforma do Estado, Adão de Almeida,e do secretário de Estado da Cultura, João Constantin­o.

Vice-Presidente da República esteve entre os espectador­es e, no final, apelou a um maior investimen­to nas artes e na cultura. Bornito de Sousa disse que há cada vez mais abertura para o exercício da democracia no continente africano

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