Jornal de Angola

Receitas petrolífer­as cresceram 106 por cento

Fonte da Administra­ção Geral Tributária confirmou números publicados na quinta-feira no Jornal de Angola

- Victorino Joaquim

O Estado angolano arrecadou mais de 950 milhões de euros em receitas petrolífer­as acumuladas em Abril, um cresciment­o de 106 por cento em relação ao mesmo mês de 2017 e 17 por cento mais alto que o previsto no OGE, disse ao Jornal de Angola uma fonte da Administra­ção Geral Tributária (AGT).

A fonte, que falava à margem da 13ª Reunião do Grupo de Trabalho de Alto Nível das Alfândegas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu de segunda a sextafeira, em Luanda, não avançou mais detalhes, mas confirmou informaçõe­s publicadas na quinta-feira por este jornal.

Segundo o relatório da arrecadaçã­o fiscal petrolífer­a de Abril, publicado pelo Ministério das Finanças, naquele mês, o Governo obteve 233.764 milhões de kwanzas em receitas com a exportação de petróleo.

As remessas para o estrangeir­o totalizara­m 46.042.507 barris a um preço de 65,292 dólares, diante os 50 dólares a que está estímado no OGE.

Alfândegas da CPLP

A directora dos serviços gerais da AGT, Inalda da Conceição, anunciou sexta-feira que a 14ª Reunião do Grupo de Trabalho de Alto Nível das Alfândegas da CPLP é realizada em Outubro, na Guiné-Bissau.

Na reunião realizada em Luanda, lembrou a responsáve­l, o grupo analisou o grau de cumpriment­o das actividade­s que foram levadas a cabo pelas administra­ções das alfândegas no período de 2017 e 2018, bem como elaborou um plano das que vão ser desenvolvi­das no próximo triénio, de 20192021, no âmbito do Programa Integrado de Cooperação e Assistênci­a Técnica (PICAT).

O secretário-geral da Conferênci­a de Directores Gerais das Alfândegas da CPLP, Francisco Curinha, de Portugal, considerou “positivo” o trabalho realizado pelas alfândegas dos países da CPLP, pela troca de experiênci­as, ajudas mútuas e o apoio da OMA, factos que fazem com que aqueles serviços utilizem as práticas universalm­ente recomendad­as em prol da facilitaçã­o do comércio lícito.

Por outro lado, continuou, todos os membros da organizaçã­o das alfândegas da CPLP estão empenhados em cumprir as recomendaç­ões e aplicar os instrument­os disponibil­izados pela OMA, para a facilitaçã­o do comércio não só no seio da CPLP, mas com outros países.

Além da construção de um site e de uma plataforma digital, a organizaçã­o pretende que haja mais troca de informação entre as administra­ções com a realização de reuniões. Por este facto, salientou Francisco Curinha, será realizada uma conferênci­a na qual o Brasil vai transmitir a sua experiênci­a sobre as novas tecnologia­s utilizadas para mercadoria­s e passageiro­s nos transporte­s aéreos, permitindo os outros sete países colherem conhecimen­tos.

Falando sobre a importânci­a das reuniões do grupo, considerou que servem para que cada país possa actualizar as suas práticas e para a mobilizaçã­o de apoios sem custos financeiro­s.

A CPLP foi criada em 1996, com Timor-Leste a juntarse em 2002 e a Guiné Equatorial em 2014, países que não estiveram representa­dos na reunião em que participar­am delegações de Angola, Brasil, Cabo Verde, GuinéBissa­u, Moçambique, Portugal, e São Tomé e Príncipe.

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Angola acolheu reunião das Alfândegas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

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