Angola defende operações policiais conjuntas da SADC
O comandante-geral da Polícia Nacional e presidente em exercício da Organização de Cooperação dos Chefes de Polícia Regionais da África Austral (SARPCCO) defendeu ontem, em Luanda, a realização de operações policiais conjuntas entre os 15 países membros, para combater o crime transnacional e o tráfico de drogas
Ao discursar na abertura da reunião dos membros do Subcomité Técnico de Formação, Subcomité Legal e o subcomité da Rede de Mulher Polícia da SARPCCO, que decorre em Luanda, o comissário-geral Eduardo Manuel Mingas frisou que os países membros da SARPCCO devem gizar estratégias para o combate ao crime violento e cumprirem com o programa conjunto do Escritórios das Nações Unidades sobre Drogas e Crimes e dos países membros da SADC.
O responsável máximo da organização policial regional informou que os comandantes das polícias da SADC devem encontrar soluções para os problemas relacionados com a criminalidade nos seus países e, em particular, na região da SADC, e propor as melhores soluções visando o seu combate de forma eficaz, no interesse dos Estados e do continente africano.
Do ponto de vista da formação, acrescentou, é importante dar especial atenção na procura de soluções para potenciar e tirar melhor proveito das valências do Centro de Excelência da Organização de Cooperação dos Chefes de Polícia Regionais da África Austral (SARPCCO).
Disse ser importante que os estados membros e o secretariado da SADC interiorizem que a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) e o Mecanismo da União Africana para a Cooperação Policial (AFRIPOL) devem ser tidos como parceiros incontornáveis da SARPACCO e de qualquer instituição com funções policiais em matéria de prevenção e combate à criminalidade, particularmente a segurança pública.
Os Subcomités Técnico de Formação, Subcomité Legal e o Subcomité da Rede de Mulher Polícia analisaram diversos assuntos relacionados com a organização. O plano de acção de actividades para o próximo ano, bem como a problemática do casamento prematuro entre crianças e adultos foi também analisado. Sobre este assunto, os membros concluíram que cada país membro deve fazer um estudo sobre esta realidade para ser apresentado na próxima reunião, a ter lugar na Zâmbia.
Os trabalhos prosseguem hoje. O encontro encerra amanhã com a passagem da espada a República da Zâmbia, que vai chefiar, por um ano, a presidência da SARPCCO.