Festa do teatro exibe drama em duas salas
O IV Festival Internacional de Teatro e Artes prossegue hoje, à noite, no espaço Elinga e na Casa das Artes, em Talatona, ambas em Luanda, com a exibição de dois espectáculos dos grupos nacionais Protevida e Grutij, em simultâneo.
O Protevida exibe, às 20h00, no Elinga Teatro, a peça “Os livros devem ser queimados”, enquanto o grupo Grutij apresenta, a mesma hora, na Casa das Artes, em Talatona, o espectáculo “O meu diário”.
“Os livros devem ser queimados” é uma sátira que propõe uma reflexão sobre a intelectualidade e a falta de cultura das pessoas no contacto e gosto pela leitura e os livros.
A peça fala de duas intelectuais que lutam pelo elevado número de desapaixonados pelos livros e a leitura, sobretudo na sociedade angolana, e tem como protagonistas as actrizes Efigénia de Fátima e Vitória Alberto, duas jovens cultas e amantes de literatura, tentam a todo custo mostrar as pessoas a importância e as vantagens do contacto contínuo com os livros.
“Os livros devem ser queimados” tem ideia original de Felisberto Felipe, direcção e montagem de Osvaldo Moreira, e é levada à cena pelos actores Augusto Kalunga, Alberto João, Inácia Wandy, Mário William, Gonçalves Diogo e alguns actores do colectivo do teatro Mescla.
“O meu diário”
“O meu diário” é a proposta dramática do grupo Grutij a ser exibida, também às 20h00, na Casa das Artes. A peça, do género drama, é uma crítica social à actual condição humana.
O espectáculo narra a vida de Man João Trinta, septuagenário, que decide suicidar-se, mas antes escreve um diário a contar o seu trajecto. As histórias da vida pessoal, o primeiro emprego, o casamento até à planificação da sua própria morte, inclusive o orçamento de toda a despesa do óbito, constam do diário. O espectáculo é interpretado pelo actor Domingos Filipe e encenado por Honório Afonso.