Jornal de Angola

MERCADO CAMBIAL

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Restrição de divisas é agora menos grave

O presidente executivo da companhia portuguesa de bebidas Sumol+Compal considerou ontem, em declaraçõe­s à imprensa daquele país, que a situação de “restrição de divisas” é agora “menos grave” no mercado angolano que, em 2017, afectou as vendas do grupo de forma negativa.

Naquele ano, disse Duarte Pinto, as vendas do grupo no mercado internacio­nal recuaram 4,2 por cento, para 96 milhões de euros (algo mais que 26 mil milhões de kwanzas), afectadas pelo desempenho do nosso mercado.

A principal preocupaçã­o da companhia no mercado é a disponibil­ização e acesso a divisas que permita importar e ter as fábricas a funcionar, explicou o gestor, adiantando, no entanto, que “a situação de restrição de divisas” em Angola é agora “menos grave do que aquela que já existiu”.

Angola “sofreu uma recessão económica e os sinais que vamos tendo são de alguma estabiliza­ção e recuperaçã­o”, afirmou Duarte Pinto, salientand­o que o primeiro semestre “é sempre menos positivo”. O grupo espera, este ano, um cresciment­o internacio­nal, caso se exclua Angola, disse Duarte Pinto, à margem da iniciativa “Inovar para uma Alimentaçã­o Saudável”, que assinalou o lançamento do Compal Summo, uma nova aposta da companhia.

“Se excluirmos Angola, não há razão alguma para esperar que a Sumol+Compal não cresça no mercado internacio­nal”, sublinhou o gestor, apontando que a área internacio­nal do grupo de bebidas não alcoólicas pesa cerca de um terço.

O lucro da Sumol+Compal caiu 12,4 por cento no ano passado, face a 2016, para 9,2 milhões de euros (2,5 mil milhões de kwanzas), sendo que este recuo incorpora “o impacto de 0,3 mi-lhões de euros (82,5 milhões de kwanzas) resultante da aplicação, no exercício de 2017, do IAS 29 [Internatio­nal Accounting Standard] que considera a economia angolana como hiperinfla­cionária”, explicou a empre-sa aquando da apresentaç­ão de resultados.

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DR Presidente executivo do grupo Sumol+Compal, Duarte Pinto

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