Jornal de Angola

TAÇA COSAFA

Palancas Negras estão obrigados a vencer hoje para manter viva a aposta de chegar aos quartos-de-final da prova da África Austral

- Honorato Silva

Palancas Negras defendem continuida­de na competição

A Selecção Nacional de Honras de futebol joga hoje, às 16h00, frente à congénere das Maurícias, no Estádio Seshego, na cidade de Polokwane, província sul-africana de Limpopo, obrigada a vencer para manter viva a ambição de chegar aos quartos-de-final da Taça Cosafa.

Refeitos do impacto da derrota (1-2), diante do Botswana, segunda-feira na estreia no Grupo B, que apura o vencedor para a fase seguinte, na qual vai ter pela frente o Zimbabwe, os Palancas Negras, orientados pelo sérvio Srdjan Vasiljevic, estão determinad­os a somar os primeiros três pontos, de modo a decidir o apuramento sexta-feira, na última jornada, na disputa com o Malawi.

O dia de ontem foi dedicado à correcção das falhas registadas no primeiro jogo, sobretudo no lance do segundo golo dos tswaneses. Depois da perda da bola no ataque, os jogadores angolanos foram superados na transição ofensiva, em três toques, com o avançado Onkabetse Makgantai a aparecer isolado diante do indefeso guarda-redes Gerson.

Confiante na capacidade competitiv­a do grupo que escolheu no Girabola, reforçado pela inclusão de Vá e Chico Banza, ambos do Leixões de Portugal, apesar do curto período de preparação, o selecciona­dor angolano lança boas perspectiv­as: “Até ao fim da Cosafa, vamos ter a possibilid­ade de conhecer os jogadores e ver o potencial deles”.

O trabalho feito nos Palancas Negras leva o treinador a tranquiliz­ar os exigentes adeptos da Selecção Nacional. “No passado também jogámos com adversário­s como a Nigéria, o Burkina Faso e os Camarões, no CHAN. Sempre tivemos o nosso estilo. Não vamos abdicar disso.

Angola tem de preparar a sua equipa para a vitória. Foi desta forma que trabalhámo­s no passado, contra adversário­s mais fortes. Vamos continuar assim, diante dos restantes adversário­s que teremos pela frente, aqui na Cosafa”, assegurou.

A equipa base, para o desafio desta tarde, pode ser a seguinte: Gerson (cap), Mona, Bonifácio, Lulas e De Paizo, Show, Carlinhos, Nandinho e Vá, Chico Banza e Kaporal. Os angolanos estão obrigados a chamar a si o comando, com vista a criar um quadro de vantagem no marcador, porque o empate complica as contas e a derrota faz esfumar as hipóteses de apuramento.

Razões do desaire

Ao analisar o comportame­nto no primeiro jogo, Vasiljevic admitiu que o grupo esteve distante dos níveis já apresentad­os sob o seu comando. “Pode ser consequênc­ia do facto de ser uma equipa nova, que joga junta pela primeira vez. Temos agora a oportunida­de de conhecer esses novos jogadores e ver com quem poderemos contar, no futuro.”

Focado nos próximos compromiss­os, nomeadamen­te a tripla jornada de apuramento para a Taça de África das Nações do próximo ano, nos Camarões, que reata em Setembro, com Angola a receber o Botswana, no Estádio Nacional 11 de Novembro, o treinador identifico­u virtudes na Selecção.

“Da nossa parte o jogo foi aberto. Continuámo­s a jogar um futebol ofensivo. Tivemos a má sorte de sofrer um penaltie nos primeiros cinco minutos, o que teve também certa pressão negativa para cima dos jogadores. Mas não é tempo de chorar ou olhar de forma negativa. É sim para reflectir e extrair alguma coisa positiva de tudo isso”, recomendou o selecciona­dor.

As Maurícias venceram, na segunda-feira, o Malawi, por 1-0, no mesmo recinto. Hoje, às 18h30, os malawis tentam, frente ao Botswana, evitar o afastament­o, pois caso sejam derrotados vão cumprir apenas calendário, na última jornada da série.

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AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO Avançado Vá é uma das apostas de Srdjan Vasiljevic para hoje derrotar as Ilhas Maurícias

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