Número de “chicoteados” diminui para metade
Treinadores angolanos estão agora em maioria em relação aos estrangeiros no Campeonato Nacional de Futebol
O número de treinadores chicoteados na presente edição do Campeonato Nacional de Futebol da I Divisão, Girabola, três, é duas vezes inferior, comparativamente à época passada onde no mesmo período tinham sido demitidos nove técnicos.
Dos três, apenas um se demitiu do cargo, alegando interferência no seu trabalho por parte da direcção do clube. Trata-se de Francisco André “Kito”, ex-técnico do Domant FC de Bula Atumba do Bengo. O treinador angolano abandonou o leme à saída da 5ª jornada do campeonato, deixando o Domant na sétima posição, com sete pontos.
Para o lugar de Francisco André, a direcção presidida por Domingos António optou pelo técnico-adjunto Manuel de Oliveira “Ngwami”. Apesar da mudança, o Domant continua na zona de despromoção, ocupando o 14º lugar, com 12 pontos.
Antes do arranque da 16ª jornada, primeira da segunda volta, a direcção do Kabuscorp do Palanca despediu o técnico Sérgio Traguil, por maus resultados na maior prova do futebol angolano.
O treinador português não conseguiu manter o Kabuscorp no topo da classificação, terminando a primeira volta na 13ª posição, com igual número de pontos.
Sobretudo após a perda de 12 pontos na secretaria da FAF, por decisão da FIFA, frente ao diferendo com Rivaldo e TP Mazembe do Congo Democrático. Insatisfeito, o presidente do clube, Bento Kangamba rompeu com Traguil.
No Sagrada Esperança, à saída do treinador Ekrem Asma já era previsível e não causou qualquer surpresa aos amantes do desportorei. A formação diamantífera fez uma primeira volta menos conseguida, depois de ter anunciado a candidatura ao título antes do início do campeonato.
Dos 42 pontos possíveis, os lundas angariaram 15, estando em 15º lugar da classificação. O empate caseiro (1-1), frente ao Domant do Bengo foi o motivo principal, para que o elenco presidido por Osvaldo Van-Dúnem colocasse fim ao vínculo laboral com o técnico turco-alemão.
Até ao final do campeonato, o Sagrada Esperança vai ser orientado pela dupla técnica Rui Sapiri e Francisco Moniz “Franck”, até então adjuntos de Ekrem Asma.
Contactado pelo Jornal de Angola, Francisco Moniz “Franck”, prometeu apenas trabalho para retirar o Sagrada da situação em que se encontra na tabela classificativa.
“Este é o espírito que nos move. A direcção do clube confiou-nos esta missão. Conhecemos bem a casa. Vamos fazer de tudo para não defraudarmos a aposta da direcção”, assegurou.
Com a questão do título do Girabola arrumada definitivamente, o objectivo passa pela conquista do terceiro lugar alcançado no ano passado, assume Francisco Moniz.
“O título já era. Perdemos muitos pontos na primeira volta.Vamos procurar defender o terceiro lugar, mas não será fácil”, acrescentando que espera por uma segunda volta disputada.
Até à última jornada do campeonato, perspectiva-se jogos renhidos. Os grandes envolvidos na disputa do título, enquanto os clubes pequenos a lutarem pela manutenção no campeonato.
Angolanos são a maioria
Os técnicos angolanos estão em maioria no Girabola, sendo 11, nomeadamente Hélder Teixeira (Progresso Sambizanga), Emena Kuasambi (Sporting de Cabinda), David Dias (Recreativo da Caála), Mário Soares (Desportivo da Huíla), Rui Garcia (Académica do Lobito), Agostinho Tramagal (1º de Maio de Benguela), Manuel de Oliveira “Nguami” ( Domant do Bengo), Roque Sapiri (Sagrada Esperança), Zeca Amaral (FC Bravos do Maquis), Abel da Conceição (Cuando Cubango FC) e Kito Ribeiro (Recreativo do Libolo).
Os estrangeiros são quatro, Zoran Macki (1ºde Agosto), Roberto Bianchi (Petro de Luanda) , Paulo Torres (Interclube) e Kostadin Papic (Kabuscorp do Palanca).
Com a questão do título do Girabola arrumada definitivamente, o objectivo passa pela conquista do terceiro lugar alcançado no ano passado, refere Francisco Moniz