Aumento foi aprovado na produção de petróleo
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados, como a Rússia, validaram ontem o princípio de um aumento da sua produção de petróleo para aliviar os preços, anunciou o ministro dos Petróleos de Angola, Diamantino Azevedo.
“Estamos de acordo com o princípio”, declarou Diamantino Azevedo no final de uma reunião em Viena, que juntou os 14 países da OPEP e os seus 10 parceiros, um dia depois de uma decisão do grupo, no mesmo sentido.
O grupo de 24 países, que assegura mais de 50 por cento das exportações mundiais, pretende cumprir as quotas de produção que havia decidido no final de 2016, mas que não são alcançadas na prática. Segundo a Arábia Saudita, isso pode representar um aumento de cerca de “um milhão de barris por dia”.
Sexta-feira, a OPEP aceitou, por unanimidade, aumentar em cerca de um milhão de barris por dia a produção de petróleo, segundo o ministro saudita da Energia, Khaled al-Faleh, após uma reunião em Viena. “Concordámos, quanto ao número de um milhão de barris que tinha sido proposto”, disse o ministro Khaled al-Faleh. “Penso que isso vai contribuir, de forma significativa, para responder à procura adicional que prevemos para o segundo semestre”, adiantou.
A partir de sexta-feira, a OPEP pediu aos seus membros para considerarem os volumes de produção globais, em vez de fixarem objectivos por país, abrindo caminho à recolocação de quotas de um país para outro. Segundo a OPEP, os produtores que tenham meios para aumentar a produção devem acelerar as extracções para compensar os eventuais défices de outros países.
A redução na produção acordada no fim de 2016 pela OPEP e por outros países, num total de 24 produtores de petróleo que representam mais de 50 por cento da oferta mundial, contribuiu para uma subida dos preços.