Ndonda Nzinga e Tristão Ernesto foram expulsos
A direcção da FNLA expulsou na quarta-feira das fileiras do partido quatro militantes, entre os quais Fernando Pedro Gomes, fundador da nova ala desta formação política, por indisciplina partidária que supostamente se vem arrastando desde o ano passado.
A medida vem expressa no comunicado final do 2º congresso extraordinário deste partido, que decorreu entre segunda e quarta-feira na cidade do Huambo. Entre os militantes expulsos figuram igualmente Ndonda Nzinga, João Lombo e Tristão Ernesto.
Um grupo composto por 50 por cento mais um membro do Comité Central da FNLA realizou na semana passada, em Luanda, um congresso extraordinário, durante o qual Fernando Pedro Gomes foi eleito “presidente do partido”. Na primeira reunião do comité central saído deste congresso, Miguel António Alberto, candidato derrotado, foi eleito “vice-presidente” do partido e Ndonda Nzinga “secretário-geral”.
O conclave do Huambo, que foi realizado pela direcção reconhecida pelo Tribunal Constitucional, deliberou também a redução do número de membros do Comité Central de 411 para 221 e extinguiu o cargo de vice-presidente.
Falando no encerramento da reunião, o presidente da FNLA, Lucas Ngonda, apelou aos quadros eleitos a trabalharem afincadamente para que a organização volte a ocupar o lugar ostentado no passado.
De acordo com o político, os novos membros do Comité Central têm a responsabilidade de consolidar a FNLA e combater o regionalismo dentro do partido, de modo a congregar os militantes nas mais variadas regiões do país e materializar a democracia interna. “A FNLA não é uma combina de amigos, mas sim uma congregação de cidadãos que lutaram pela libertação de Angola das amarras do colonialismo”, afirmou Lucas Ngonda.
Durante o 2º congresso extraordinário, os delegados introduziram alterações aos estatutos do partido.