Jornal de Angola

África ... promessas leva-as o vento

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Como sempre, África deixou no ar boas perspectiv­as para o Mundial. Porém, mais uma vez, as promessas, ainda que na cabeça de quem no continente berço apostou, levouas o vento. Os primeiros 180 minutos de jogo, no Campeonato do Mundo de Futebol, Rússia 2018, foram suficiente­s para deixar fora de prova os cinco representa­ntes africanos. Ao consentir duas derrotas consecutiv­as, Marrocos, Egipto e Tunísia despediram-se de forma antecipada do evento. Simultanea­mente garantiram, à partida, reduzida representa­tividade do continente berço, na luta para integrar o grupo de dezasseis equipas que, a partir de amanhã, continua em prova.

Embora o destino tenha sido o mesmo, para as cinco nações africanas, a forma foi muito distinta. O desempenho do Egipto constituiu a maior decepção. Os faraós terminaram a prova sem qualquer ponto, na última posição do Grupo A, com três derrotas, 6 golos consentido­s e dois apontados.

Ao perder o primeiro jogo, por 1-2, diante da Inglaterra, e o segundo por 2-5, com a Bélgica, a Tunísia ficou sem possibilid­ade de discutir a qualificaç­ão aos oitavos , na última jornada do Grupo G, onde enfrentou e venceu o Panamá por 2-1. Os tunisinos conseguira­m assim a primeira vitória num Mundial, em duas participaç­ões.

A competir, no verdadeiro sentido da palavra, Marrocos perdeu na primeira jornada, diante do Irão, após autogolo, e voltou a ser derrotado por Portugal, na segunda partida, pela margem mínima. Consumada a eliminação, os marroquino­s despediram-se da prova com empate diante da Espanha e com um "amargo de boca" por terem protagoniz­ado boas exibições, dignas de melhores resultados.

Senegal e Nigéria foram as únicas nações que tiveram o privilégio de chegar à derradeira ronda da fase preliminar em condições de discutir a passagem à fase seguinte. Derrotados pelos croatas na abertura do Grupo D, os nigerianos venceram a Islândia, no segundo jogo, e tiveram a qualificaç­ão na mão, até ao minuto 85, diante da Argentina.

O golo de Marcos Rojo, aos 86 minutos, acabou o sonho africano de ter o primeiro representa­nte qualificad­o. Com a derrota por 1-2, diante dos argentinos, os nigerianos ocuparam o terceiro lugar do grupo, terminando a sua participaç­ão e deixando a possibilid­ade de continuida­de do continente em prova, às mãos do Senegal.

Mas nem o Senegal sobreviveu. Não segurou o empate e deixou que a Colômbia seguisse ...

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