Os empresários e a produção nacional
As empresas são um motor do crescimento económico de qualquer país. Sem empresas não há produção de bens e serviços, não há empregos e não há crescimento da economia. Em tempos de crise, como a que estamos a atravessar, importa que se façam reflexões sobre o sector empresarial privado, porque este pode alavancar actividades produtivas para que se diversifique a produção em todo o país. Os países que foram afectados por crises económicas passaram a prestar mais atenção às pequenas e médias empresas, que, além de poderem ser constituídas facilmente, podem também existir em elevado número, gerando a criação de muitos empregos. Temos potencialidades económicas, mas, sem actividade empresarial, essas potencialidades não podem ser transformadas em bens necessários à vida dos cidadãos. Os empresários devem estar no centro da actividade económica, limitando-se o Estado a intervir essencialmente em áreas como a construção de infra-estruturas, que exigem investimentos que envolvem recursos financeiros de que não dispõem os agentes económicos privados. Os empresários angolanos realizaram um congresso, o primeiro, para debater diversas questões relacionadas com a produção nacional. É positivo o facto de os empresários angolanos se reunirem num forum para discutir assuntos que mexem com a vida de todos nós. O aumento da produção nacional é um assunto que tem suscitado debates no seio da classe empresarial angolana e convém que esta trace estratégias que possa torná-la num factor de mudanças ao nível da actividade económica, num momento em que se trabalha intensamente para a superação da crise económica e financeira. É verdade que não se poderá fazer tudo em pouco tempo para que tenhamos um sector empresarial forte, mas sempre vale a pena os empresários discutirem rumos a seguir, com vista a serem parte da solução dos muitos problemas económicos que temos. Angola é terra de oportunidades. Que estas oportunidades sejam aproveitadas pelos empresários angolanos, sem prejuízo da necessária abertura ao investimento privado estrangeiro, de que muito precisamos. Que depois do primeiro Congresso da Produção Nacional, haja acções que vão no sentido de se mudar muita coisa no sector empresarial privado angolano. É preciso que os empresários angolanos identifiquem o caminho certo a seguir, nos seus esforços para o crescimento económico do país. Os angolanos têm esperança de que os nossos empresários podem tudo fazer para que haja uma maior actividade económica. Queremos que haja empresas angolanas eficientes, porque isso beneficia todos os cidadãos, sob diversas formas. Em tempos de crise, importa que todos os segmentos da sociedade sejam activos e que cada um faça o que mais sabe fazer para colocar a sua pedra na construção de um país de grande prosperidade. O país precisa do esforço de todos os angolanos e temos a obrigação, como cidadãos, de trabahar para que Angola supere a pobreza.Neste momento difícil que a nação atravessa, é importante que coloquemos os nossos conhecimentos e experiências ao serviço do país.