Panorama socioeconómico abordado em mesa redonda
A mesa redonda realizada na cidade do Dundo, sobre o panorama político e económico da Lunda-Norte, foi o evento de maior destaque das festividades do 40ª aniversário da fundação desta província, assinalado no passado dia 4, como resultado da divisão da antiga província da Lunda, em 1978.
O administrador da cidade do Dundo, Leão Chimin, disse durante a mesa redonda que o processo de redimensionamento da ENDIAMA, empresa angolana que cuida da exploração e comercialização de diamantes, não levou em consideração a perspectiva do desenvolvimento da província da Lunda Norte, por não ter sido salvaguardado o funcionamento dos diferentes serviços paralelos a exploração de diamantes. “Digo isso porque se descurou a garantia do emprego e o aproveitamento das infra-estruturas de grande porte. Portanto, hoje estas infra-estruturas estão abandonadas na cidade do Dundo e em vilas mineiras, como em Lucapa e no Nzagi”, disse.
A vice-governadora para área Política, Económica e Social, Deolinda Vilarino, reafirmou, na abertura da feira de variedades, que também assinalou as festas da província, o compromisso das autoridades locais de continuar a trabalhar “de modo que a Lunda- Norte deixe de ser referenciada apenas como local de exploração de diamantes. Estamos a relançar o sector agro-pecuário e para o qual contamos já com 117 cooperativas agrícolas e 500 associações de camponeses”.
O Programa de Desenvolvimento Agrícola da província, segundo a vice-governadora tem financiamento assegurado e apresenta um quadro animador.
“Nos próximos tempos vamos produzir alimentos e consequentemente darmos lugar a geração de empregos, pelo que, nesta perspectiva encorajamos as acções dos empreendedores em diferentes sectores”, frisou.
Na cidade do Dundo, capital da província, cerca de 60 por cento da população ainda depende de água abastecida por camiões cisternas. Há um ano que a central de captação do Mussungue e as linhas de transporte e chafarizes nos diferentes bairros da periferia da cidade estão inoperantes .
As mesmas debilidades são notórias no fornecimento de energia eléctrica, que depende da central hidroeléctrica do Luachimo, que se encontra em obras.