Jornal de Angola

Bolsa aberta a parcerias

Presidente da concession­ária do sector petrolífer­o tranquiliz­a o mercado na abertura da Feira Internacio­nal de Luanda

- André dos Anjos e Victorino Joaquim

O presidente do Conselho de Administra­ção da Sonangol, Carlos Saturnino, declarou ontem ,em Luanda, ser prematuro falar do aumento dos preços dos combustíve­is no país, reconhecen­do estar a empresa interessad­a em que haja um desfecho sobre esse assunto.

Carlos Saturnino, reafirmou citado pela Angop, no primeiro dia da Feira Internacio­nal de Luanda (FILDA 2018), que compete ao Governo estudar, avaliar e decidir com base na realidade concreta do país a pertinênci­a ou não da medida.

“Somos uma unidade empresaria­l e, naturalmen­te, estamos interessad­os que isso tenha um desfecho. No entanto, compete ao Governo tomar uma posição sobre os conselhos do FMI”, referiu o responsáve­l, assegurand­o que uma equipa que integra elementos da Sonangol e do Ministério das Finanças, está a trabalhar na proposta para avaliar as possíveis implicaçõe­s de uma possível aplicação.

Em declaraçõe­s recentes, o ministro das Finanças, Archer Mangueira, admitiu que a instituiçã­o que dirige e a Sonangol ponderam a possibilid­ade de, ainda este ano, ajustar o preço dos combustíve­is, no âmbito da estratégia da consolidaç­ão fiscal e diminuição das despesas públicas. O ministro da Economia e Planeament­o, Pedro Luís da Fonseca, que considerou na abertura da FILDA que o país regista o desanuviam­ento dos “sintomas inibidores da crise económica e financeira de 2014”, provocada pela queda do preço do petróleo no mercado internacio­nal.

Pedro Luís da Fonseca assinalou que a edição da FILDA 2018 acontece numa altura em que o mais importante instrument­o de programaçã­o e política económica do Governo, o Plano de Desenvolvi­mento Nacional, é apresentad­o aos diferentes agentes da sociedade, o que pode associá-la ao início da viragem económica.

Espaço tradiciona­l de negócios, onde operadores nacionais e internacio­nais expõem os seus produtos e serviços, a FILDA 2018 pretende, sobretudo, promover o potencial económico e industrial do país, atrair investimen­tos capazes de fomentar o desenvolvi­mento sustentado e valorizar o empresaria­do nacional, em linha com o Plano de Desenvolvi­mento Nacional 20182022, afirmou.

O lema escolhido para esta edição, “Diversific­ar a Economia, Desenvolve­r o Sector Privado”, segundo José Luís da Fonseca, coloca sérios desafios ao empresaria­do nacional, que é chamado a desenvolve­r estratégia­s próprias de afirmação, competitiv­idade e diversific­ação das actividade­s, assumindos­e como trave da diversific­ação da economia.

Adesão do público

Milhares de jovens testemunha­ram ontem a abertura da 34ª Feira Internacio­nal de Luanda, onde participam 370 expositore­s oriundos de 13 países.

Contrariam­ente aos dias normais, a Zona Económica Especial Luanda Bengo, onde decorre o evento, conheceu, pela primeira vez, uma grande mobilidade de gente. Na medida que as horas avançavam, mais gente chegava ao local do evento. Os autocarros da TCUL em serviço de apoio facilitara­m o processo.

Depois da cerimónia de abertura, o recinto de exposição ficou rapidament­e preenchido de visitantes. No interior, os stands de mobiliário, alimentaçã­o, telecomuni­cações, foram os principais pontos de atracção dos visitantes. Enquanto do lado de fora do recinto da exposição, vários jovens esperavam por uma oportunida­de para entrar.

Sonangol afirma estar interessad­a num desfecho para os preços, mas insiste em que cabe ao Governo avaliar a pertinênci­a da medida

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Sonangol lidera a participaç­ão dos operadores petrolífer­os na Feira Internacio­nal de Luanda

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