Quem se junta à França?
Ingleses são favoritos diante de um conjunto croata cuja geração de jogadores está disposta a fazer história no campeonato
O último finalista do Mundial da Rússia é conhecido esta noite, quando a Croácia e a Inglaterra medirem forças, às 19 horas, no Estádio Luzhniki, em desafio de encerramento da meia-final.
No sentido mais restrito, trata-se de conhecer quem, entre as estrelas Modric e Harry Kane, dois dos expoentes máximos do jogo desta noite, defronta o outro craque, o francês Mbappe, na final.
Não sendo propriamente um duelo do estilo “David e Golias”, o confronto entre ingleses e croatas pode ser mais um exemplo claro dos níveis de competitividade que tem dominado este Mundial, em que selecções tidas, à priori, como menos favoritas acabam por suplantar as teoricamente mais fortes.
Se de um lado do relvado teremos uma formação britânica, cujas características do futebol privilegiam a resistência física e as jogadas de contra-ataque como elos primários do jogo, do outro, estará um conjunto croata fiel à táctica, aos princípios e estilo de jogo, assentes na construção e nas transições entre os sectores, destacando a qualidade de passe e a circulação de bola.
Mas será, muito provavelmente, na capacidade do jogo aéreo e das bolas paradas onde a diferença entre uma e outra equipa deverá evidenciar-se. Ou seja, enquanto a Inglaterra procurará certamente abusar da qualidade que se lhe reconhece, a Croácia tentará não proporcionar ao adversário condições para que venha a gozar de lances de bola parada, ainda que isso seja quase impossível de conseguir, num jogo que se prevê demasiado intenso.
Seja como for, ingleses e croatas têm condições para exibirem um espectáculo de futebol bonito, emotivo e atractivo, cujo desfecho no marcador seja uma consequência natural da acção demolidora dos respectivos ataques.
E, nesse aspecto, não se pode ignorar o facto de na Selecção inglesa alinhar o actual melhor goleador deste Mundial.
Harry Kane serão, tal como Rashford e Lingard, as setas apontadas para a baliza dos croatas e a quem estes terão a obrigação de fechar-lhe todos os caminhos de acesso à baliza de Subasic, quer pelas alturas quer pelo chão.
Uma tarefa que se adivinha hercúlea para os centrais Vida e Lovren, mas também complicada para toda a equipa da Croácia, se avaliarmos o facto da Inglaterra se fazer valer muito mais pelo seu conjunto.
Mas esta turma da Croácia também tem os seus argumentos a mostrar em campo e saberá com que linhas se vai coser. O técnico Zlatko Dalic espera que a dupla de sonho Rakitic e Modric faça o “jogo das suas vidas”.