Jornal de Angola

Quem se junta à França?

Ingleses são favoritos diante de um conjunto croata cuja geração de jogadores está disposta a fazer história no campeonato

- Paulo Caculo | Em Moscovo

O último finalista do Mundial da Rússia é conhecido esta noite, quando a Croácia e a Inglaterra medirem forças, às 19 horas, no Estádio Luzhniki, em desafio de encerramen­to da meia-final.

No sentido mais restrito, trata-se de conhecer quem, entre as estrelas Modric e Harry Kane, dois dos expoentes máximos do jogo desta noite, defronta o outro craque, o francês Mbappe, na final.

Não sendo propriamen­te um duelo do estilo “David e Golias”, o confronto entre ingleses e croatas pode ser mais um exemplo claro dos níveis de competitiv­idade que tem dominado este Mundial, em que selecções tidas, à priori, como menos favoritas acabam por suplantar as teoricamen­te mais fortes.

Se de um lado do relvado teremos uma formação britânica, cujas caracterís­ticas do futebol privilegia­m a resistênci­a física e as jogadas de contra-ataque como elos primários do jogo, do outro, estará um conjunto croata fiel à táctica, aos princípios e estilo de jogo, assentes na construção e nas transições entre os sectores, destacando a qualidade de passe e a circulação de bola.

Mas será, muito provavelme­nte, na capacidade do jogo aéreo e das bolas paradas onde a diferença entre uma e outra equipa deverá evidenciar-se. Ou seja, enquanto a Inglaterra procurará certamente abusar da qualidade que se lhe reconhece, a Croácia tentará não proporcion­ar ao adversário condições para que venha a gozar de lances de bola parada, ainda que isso seja quase impossível de conseguir, num jogo que se prevê demasiado intenso.

Seja como for, ingleses e croatas têm condições para exibirem um espectácul­o de futebol bonito, emotivo e atractivo, cujo desfecho no marcador seja uma consequênc­ia natural da acção demolidora dos respectivo­s ataques.

E, nesse aspecto, não se pode ignorar o facto de na Selecção inglesa alinhar o actual melhor goleador deste Mundial.

Harry Kane serão, tal como Rashford e Lingard, as setas apontadas para a baliza dos croatas e a quem estes terão a obrigação de fechar-lhe todos os caminhos de acesso à baliza de Subasic, quer pelas alturas quer pelo chão.

Uma tarefa que se adivinha hercúlea para os centrais Vida e Lovren, mas também complicada para toda a equipa da Croácia, se avaliarmos o facto da Inglaterra se fazer valer muito mais pelo seu conjunto.

Mas esta turma da Croácia também tem os seus argumentos a mostrar em campo e saberá com que linhas se vai coser. O técnico Zlatko Dalic espera que a dupla de sonho Rakitic e Modric faça o “jogo das suas vidas”.

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DR Craques das duas selecções são os ases de trunfo para marcar a diferença no desafio de hoje

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