Países devem adoptar modelos macroeconómicos realísticos
Os países em desenvolvimento, como Angola, devem adoptar modelos macroeconómicos adaptados à realidade local, para uma boa implementação que se traduza em serviços públicos eficientes, defendeu ontem, em Luanda, o economista colombiano Mário Galindo.
Em declarações à Angop, à margem da dissertação numa palestra sobre “Modelos Macroeconómicos para Países em Desenvolvimento”, promovida pela Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto (UAN), sublinhou que as economias dos países em desenvolvimento diferenciam-se das dos países industrializados, não devendo por isso ser copiadas em todos os aspectos.
O especialista disse entender os esforços empreendidos por governos e empresários, “por pretenderem dar respostas rápidas, mas a ciência não dá respostas rápidas”.
Os países em desenvolvimento, disse, estão muito preocupados com os agregados económicos, inflação, taxa de crescimento, mas se esquecem que as economias dos seus países são diferentes dos países industrializados. Reconhece, porém, que fenómenos macroeconómicos dos países em desenvolvimento são semelhantes aos dos países industrializados.
“Na teoria macroeconómica, durante muitos anos pensou-se que não se deveria aplicar os mesmos métodos que eram aplicados nos países industrializados, porque se entendia que os agentes não eram racionais, contrariamente ao que se verifica hoje”, disse.
Em relação à economia de Angola, Mário Galindo disse haver uma componente importadora muito grande, sendo necessário diversificar a economia para sair da dependência da importação.