Jornal de Angola

Angolanos mantêm posição no pódio

Atletismo paralímpic­o, por intermédio de Regina Dumbo, foi decisivo para igualar a prestação alcançada na edição passada

- Armindo Pereira | São Tomé

A missão angolana que regressa hoje ao país manteve a terceira posição do quadro geral de medalhas, na XI edição dos Jogos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), disputados em São Tomé e Príncipe, cujo encerramen­to aconteceu sábado.

Angola conquistou 16 medalhas, sendo seis de ouro e prata e quatro de bronze. Em 2016, em Cabo Verde, o saldo foi de 26 (três de ouro, sete de prata e 16 de bronze). Três das seis medalhas de ouro foram alcançadas pela velocista, Regina Dumbo (classe T11, deficiente visual).

Nas duas primeiras eliminatór­ias, a atleta de 19 anos superou a concorrênc­ia nos 100 metros, com o tempo de 14 segundos, e nos 400 cronometro­u 1 minuto e 13 segundos. Natural do Huambo, Regina Dumbo voltou a brilhar nos 100 metros, (13 segundos e 14 décimos).

A performanc­e da velocista mereceu a atenção de Ndilu Mário, chefe da missão angolana, que considera ter havido melhorias.

“Em Cabo Verde conquistám­os três medalhas de ouro e em São Tomé seis. É sinal que está a ser feito algum trabalho”, reconheceu, ao defender uma aposta séria nas disciplina­s individuai­s, pois é neste particular, onde o país pode lutar de igual para igual com Portugal e Moçambique. Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, José Manuel, coordenado­r do atletismo adaptado, fez um balanço positivo e garantiu ter havido melhoria das marcas.

“Conseguimo­s manter o resultado passado mas, houve mudança de género. Na cidade de Praia os atletas masculinos ganharam três medalhas de ouro e em São Tomé as velocistas estiveram em evidencia”, lembrou José Manuel.

Nos Jogos da CPLP o atletismo é a única modalidade, onde o regulament­o permite a utilização de atletas até os 20 anos. A trajectóri­a de Angola na prova começou com o triunfo de Lígia Vunge, no taekwondo, menos de 44 kg, ao conquistar a primeira medalha dourada, antes da cerimónia de abertura.

O basquetebo­l 3x3 foi implementa­do na competição pela primeira vez, classe feminina.

Ivone António, Sandra Clarisse, Teresa Odeth e Madalena Luzembo, sob a orientação de Ângela Cardoso foram imbatíveis e garantiram a quinta medalha de ouro, ao derrotarem (13-12) a selecção brasileira.

A selecciona­dora agradeceu a confiança que lhe foi depositada e defendeu maior aposta neste molde de disputa.

“Estas meninas foram verdadeira­s guerreiras. São todas provenient­es do basquetebo­l convencion­al (5x5) mas, se adaptaram no palco da competição e fomos felizes. O 3x3 tem marcado presença nos Jogos Olímpicos, devemos pensar seriamente sobre isso”.

No torneio de futebol, a Selecção Nacional de Sub16 encerrou a participaç­ão no lugar mais alto do pódio, após bater (4-2) Cabo Verde nos penáltis, após igualdade a duas bolas, no final do tempo regulament­ar.

O avançado angolano, Enoque Gonga foi o melhor artilheiro, com cinco golos. O capitão dos Palanquinh­as dedicou o título a todos os angolanos e espera ser recebido com festejos pelos seus familiares.

Artur Almeida, presidente da Federação de Futebol presenciou a conquista do grupo às ordens de Silvestre Pelé, a quem felicitou pelo feito.

“O título é reflexo do trabalho desenvolvi­do na formação. Os rapazes mostraram todo o seu talento, diante de uma equipa forte. Dentro de alguns anos vamos contar com eles nos outros escalões a nível internacio­nal”, assegurou.

No torneio de futebol, a Selecção Nacional de Sub-16 encerrou a participaç­ão no lugar mais alto do pódio, após bater (4-2) Cabo Verde nos penáltis, após igualdade a duas bolas, no final do tempo regulament­ar

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DR Equipa de futebol orientada por Silvestre Pelé conquistou o último título do país

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