Angola conquista Taça Cosafa
Militares do Rio Seco são obrigados a pontuar na viagem à Tunísia para evitarem ficar condicionados pelo desempenho dos zambianos
A presença do 1º de Agosto nos quartos-de-final da Liga dos Clubes Campeões Africanos de futebol depende do desempenho na viagem à Tunísia, apesar da vitória (2-1), alcançada sexta-feira, frente ao Zesco United FC da Zâmbia, na quarta jornada do Grupo D.
O triunfo catapultou os militares do Rio Seco para o segundo lugar (5 pontos), atrás do Étoile du Sahel da Tunísia (10), única equipa da série já apurada para a fase seguinte, visto que está fora do alcance do Mbabane Swallows, terceiro classificado (4) e Zesco United, último (3).
Apenas o embaixador angolano está em condições de superar a safra dos tunisinos, próximos adversários, no dia 18 de Agosto, na cidade de Sousse. A equipa do Reino de eSwatini, ex-Suazilândia, chega aos dez pontos, caso faça o pleno nas duas últimas jornadas, mas está em desvantagem em relação ao líder do grupo, por ter perdido em casa (0-3) e fora (0-2).
Os zambianos da multinacional da electricidade Zesco podem atingir os nove pontos, suficientes para superar na corrida o 1º de Agosto, se, porventura, regressar de mãos a abanar da expedição ao Norte de África.
Nesta conformidade, o bi-campeão angolano atinge somente oito pontos, com o eventual triunfo em casa, diante do Mbabane Swallows, no encerramento da fase de grupos.
Passeio anulado
Caso queira depender exclusivamente do que produzir dentro das quatro linhas, a equipa às ordens do sérvio Zoran Macki tem de chegar ao reduto do Etoile du Sahel determinada a discutir os três pontos, porque, em Manzini, também no dia 18 de Agosto, Mbabane Swallows e Zesco United jogam uma cartada decisiva.
Um triunfo da formação zambiana deixa os militares sem controlo sobre o adversário directo, que, na última ronda, a 28 de Agosto, recebe a equipa tunisina, o concorrente mais competitivo da série, em nada obrigado a apostar todas as fichas no jogo, por estar já apurada.
Assim, o recurso será o apelo a todos os santos e anjos do futebol, de modo a que o Zesco tenha um percalço em casa, para que a desejada vitória frente ao Mbabne tenha serventia: a qualificação. Esse quadro de probabilidades afasta todo e qualquer pensamento displicente que se possa instalar no balneário do 1º de Agosto, quanto à deslocação à Tunísia, por estar posta de parte a perspectiva de mera visita de contemplação das lindas praias do Mar Mediterrâneo.
Igualmente focado na manutenção do título do Girabola, no caso o segundo tricampeonato da história da agremiação, depois do domínio vincado em 1979, 1980 e 1981, com Ndungidi Daniel como a principal estrela, a equipa do Clube Central das Forças Armadas Angolanas tem de fazer uma gestão inteligente da recta final da época desportiva, por forma a gerir o desgaste físico e o quadro disciplinar dos jogadores.
Envolvidos em duas frentes, os rubros e negros estão obrigados a alargar o número de atletas utilizados, sobretudo na prova doméstica, na qual voltam a jogar amanhã, na cidade do Lubango, frente ao Desportivo da Huíla. O programa de recuperação deve estar adequado à exigência de realização de jogos em intervalos de três dias, quando em vários períodos o treino serve apenas para tentar fintar a fadiga e não preparar o plano estratégico do desafio a seguir.
Força tunisina
No Grupo A, o Esperance de Tunis (Tunísia) lidera, com dez pontos, seguido pelo Al Ahly (Egipto), sete, Township Rollers (Botswana), três, e Kampala City (Uganda), três. O TP Mazembe (Congo Democrático) domina o D, com dez, à frente do Mouloudia (Argélia), cinco, Entente Sétif (Argélia), quatro, e Difaâ Hassani El Jadidi (Marrocos), dois, enquanto o C tem à testa o Wydad de Casablanca (Marrocos), detentor do título continental, oito, Mamelodi Sundowns, cinco, Horoya (Guiné Conacri), cinco, e AS Port de Lomé (Togo), três.
Passam para os quartosde-final os dois primeiros classificados de cada um dos quatro grupos. O apuramento habilita as equipas a fazerem mais um encaixe financeiro, depois do embolso de 550 mil dólares pela presença nesta fase. O campeão recebe dois milhões e quinhentos mil, ao passo que o finalista derrotado leva 1.750 mil.
Caso queira depender exclusivamente do que produzir dentro das quatro linhas, a equipa às ordens de Zoran Macki tem de chegar ao reduto do Etoile du Sahel determinada a discutir os três pontos