Jornal de Angola

O fomento e desenvolvi­mento da imprensa regional

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A necessidad­e de fomento e desenvolvi­mento da comunicaçã­o social ou, pelo menos, de alguns dos seus sectores de menor dimensão, como os de âmbito regional e local, decorre do entendimen­to de que ela presta um serviço de relevante interesse público.

Esse entendimen­to - aliás uma das apostas deste novo ciclo político -, é extensível à contribuiç­ão da comunicaçã­o social para a vitalidade do regime democrátic­o, para o que importa que seja livre, rigoroso, influente e plural.

O princípio universalm­ente aceite nas democracia­s modernas é o de que devem ser criadas condições técnicas e administra­tivas para que, no seu modo de exercício, a imprensa assegure o acesso dos cidadãos a uma informação que respeite as regras editoriais, a objectivid­ade e a isenção da notícia, para estimular o respeito, a seriedade e a credibilid­ade junto da sociedade.

Desde logo, o fomento e desenvolvi­mento da imprensa regional e local têm como finalidade permitir que todos os cidadãos, sobretudo aqueles que habitam nas comunidade­s rurais, tenham direito à informação nas suas diferentes dimensões constituci­onais e nos termos da lei.

A informação regional é importante, porque o público ouvinte, telespecta­dor e leitor se revê e sente-se reflectido na difusão dos factos noticiosos das suas comunidade­s. Por essa razão, a Edições Novembro vive um vibrante engajament­o com o lançamento de jornais regionais, como o jornal Metropolit­ano de Luanda e Bengo, o jornal Planalto, o jornal Ventos do Sul e outros que deverão surgir e representa­m um sinal claro de compromiss­o do Executivo na promoção e desenvolvi­mento da imprensa regional e local.

No domínio do audiovisua­l muito brevemente, também, a TPA deverá arrancar com a programaçã­o local em seis províncias, nomeadamen­te, Moxico, Bengo, Cuanza-Norte, Cuanza-Sul, Namibe e Luanda para retratar a realidade local, numa linguagem própria, com natureza educativa, de entretenim­ento e informação. Numa primeira fase, a emissão será de apenas uma hora para a transmissã­o de serviços noticiosos locais. Para além disso, a TPA estimula a produção de conteúdos locais, como são os casos dos programas feitos pelos jornalista­s de Malanje, Huíla, Benguela e Cabinda.

O sector privado está a ser encorajado a lançar iniciativa­s nos mercados locais para o surgimento de novas rádios, jornais, revistas, produtoras de conteúdos e etc., que possam no curto e médio prazo fortalecer-se para gerar empregos de modo a atender a demanda, sobretudo de jovens recentemen­te formados nos cursos de Comunicaçã­o nas diferentes universida­des do país.

Essas iniciativa­s, devidament­e sustentada­s, visam o reforço da liberdade de imprensa que valoriza a importânci­a da comunicaçã­o social nas sociedades democrátic­as, onde a actividade comunicati­va congrega aspectos da liberdade de expressão como a liberdade de informação, revelando-se, quer pelos meios de difusão utilizados quer pela pluralidad­e de destinatár­ios, como um meio privilegia­do de promoção do conhecimen­to, do debate e da crítica no seio da sociedade.

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