Foz do rio Txihumbwe atrai inúmeros visitantes
Potencialidades da localidade de Dala, na Lunda-Sul, já estão a despertar interesse de empresários angolanos que já investem em vários sectores na região, particularmente no ramo da hotelaria
As valências que se apresentam do Txihumbwe fazem os investidores apostarem em vários sectores. O turismo parece ser o que mais está a despertar interesse, pois o complexo hoteleiro de grande dimensão, estruturado com compartimentos de alojamento, lazer, piscina, ginásio e áreas para o desporto de motos náuticas e embarcações motorizadas, entre outros serviços se apresenta como o chamariz de mais empreendimentos do género.
Investimentos
Junto da estrada principal da vila estão duas hospedarias que deixam a ver o movimento intenso de forasteiros, que se estende às inúmeras cantinas nos arredores. No interior da vila, as escolas, o hospital amplo e outros serviços públicos dão vida à localidade. A organização não-governamental ADPP, vocacionada à formação de professores, está presente no local com uma escola.
A agricultura preenche o quotidiano dos habitantes, com larga opção no cultivo da mandioca. A caça e pesca são as outras actividades desempenhadas por um grande número dos habitantes.
Os produtores locais mostraram recentemente a sua pujança ao exporem numa feira local vários produtos que produzem em grande escala, como o bombó, batata-doce, milho, banana, peixe de água doce, carne de caça e artefactos artesanais.
A camponesa Maria Betinha diz que passa por dificuldades para transportar os produtos da lavra. “Às vezes, quando não há tractores disponíveis , tenho de trazer os produtos à cabeça”, disse.
Maria Betinha cultiva essencialmente o xi, um fruto silvestre de cor vermelha, com formato de feijão gigante. Este alimento, consumido com frequência na cultura lunda-Tchokwe, tem muita procura na vila. É preparado à base de água quente e sal, e come-se geralmente acompanhado com bombó assado, ao pequeno almoço ou no lanche.
Imoralidade
A Polícia Nacional não dá tréguas aos adolescentes e adultos , que deliberadamente tomam banho à beira do rio, num espaço à vista de todos, completamente nus. O lugar é movimentado por estar situado junto à ponte que liga a Estrada Nacional 180. Segundo um oficial da Polícia As obras de reparação que decorrem na Estrada Nacional 180 entre Saurimo e Dala, na província da Lunda-Sul estão longe do fim. Enquanto os trabalhos de terraplenagem decorrem lentamente, foram abertas vias alternativas ao longo dos 160 quilómetros para facilitar a fluidez do trânsito.
A poeira causada pela movimentação das máquinas se apresenta como constrangedora à circulação automóvel. As viaturas ligeiras praticamente desaparecem no meio da poeira. Se as obras não terminarem antes do início da época chuvosa a via tornar-se-á intransitável.
Nas imediações do rio Luachimo, na mesma via, assiste-se a uma movimentação das máquinas guindastes e de técnicos que trabalham para a construção de uma ponte de betão, que vai substituir a remota metálica. no Local, Ernesto Txalituca, os prevaricadores alegam que o rio é propriedade dos nativos “acham que devem tomar banho no local como os apetecer”.
Para o padre João Maiato, os repetidos actos de nudez dos banhistas representa um desrespeito ao próprio corpo.
Nem mesmo o afogamento acidental de um jovem de 22 anos, ocorrido no local, há menos de 30 dias, desencoraja os insurrectos a saltarem da ponte completamente nus para o rio.
Para o director da Cultura na província, Gabriel Txiema, a nudez em público "é uma agressão à cultura da região" e rotula a influência nociva de hábitos e costumes importados, que vulgarizaram as cerimónias fúnebres e eventos similares.
A munícipe Teresa Calumbu, que considera “pecado a exposição do corpo”, entende que em defesa da “igualdade de direitos as mulheres devem observar o respeito necessário no lar, como esposa e mãe e transmitir uma educação que permita aos filhos crescerem com perspectiva de visão para o futuro”.