Jornal de Angola

Ministro italiano pede sanções contra Malta

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O ministro das Infra-estruturas italiano, Danilo Toninelli, acusou ontem Malta de ter um comportame­nto “inqualific­ável” e defende que deve ser sancionado, por recusar a receber um barco da Guarda Costeira italiana com 177 migrantes.

“A União Europeia deve dar um passo em frente e abrir os seus portos à solidaried­ade, senão não tem motivos para existir”, disse o governante italiano.

O caso do barco Diciotti, que aguarda autorizaçã­o para aportar desde quinta-feira, “demonstra que a Itália não recua na hora de salvar vidas humanas”, acrescento­u o ministro, numa mensagem divulgada no Twitter.

O navio ficou com os migrantes que tinham sido resgatados por outros dois barcos, quando se encontrava­m em dificuldad­es, segundo explicou o Ministério da Administra­ção Interna. O ministro da Administra­ção Interna italiano, Matteo Salvini, afirmou que teria de ser Malta a ocupar-se destes imigrantes, enquanto o seu homólogo maltês, Michael Farrugia, reiterou a recusa do seu país em receber o barco, através de uma mensagem no Twitter. Michael Farrugia acusou a Itália de ter intercepta­do os migrantes em águas maltesas “só para impedilos de entrar em águas italianas”, já que o barco não pediu ajuda.

“A única solução é que o barco desembarqu­e em Lampedusa (Itália) ou em outro porto italiano. Se a Itália quer tratar esta intercepçã­o como um salvamento, Lampedusa é o local mais perto segundo as convenções”, acrescento­u o ministro de Malta.

Perante este novo 'braço de ferro' entre Malta e Itália, poderá voltar a adoptar-se a solução de uma recolocaçã­o dos migrantes em vários países europeus, como já ocorreu com o barco Aquarius das organizaçõ­es não governamen­tais (ONG) SOS Mediterrân­eo e Médicos sem Fronteiras com 141 pessoas que atracou em Malta, depois de esperar três dias.

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DR Itália e Malta trocam acusações sobre ajuda a imigrantes

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