Furtos e violações causam insegurança
A defesa da segurança pública não é apenas uma tarefa exclusiva da Polícia Nacional mais também dos munícipes, que devem participar na denúncia de actos delituosos, disse o segundo comandante provincial de Malanje para a Ordem Pública.
O comissário Caetano Quitubo, que dissertava durante a conferência provincial sobre segurança pública, promovida pelo Conselho Provincial da Juventude (CPJ), apontou os problemas sociais, a desintegração familiar, o elevado índice de desemprego e satisfação pessoal como as principais causas que concorrem para o aumento de casos de roubos na província.
Segundo Caetano Quitubo, os roubos são os crimes que provocam maior sentimento de insegurança em relação aos furtos, pelo facto de os meliantes exercerem o uso da força.
Em relação aos casos de violações que ocorrem na província, disse que estão relacionados com a falta de atenção dos menores por parte dos familiares, o uso de drogas e consumo excessivo de bebidas alcoólicas, associado ao uso de roupas indecentes.
Relativamente à actividade operativa durante o primeiro semestre deste ano, o comissário Caetano Quitubo disse que foram registados 135 casos de roubos, dos quais 15 qualificados. Deste número, 58 ocorreram na via pública, 48 no interior de residências, 19 em estabelecimentos comerciais, cinco em veículos estacionados e igual número em outros locais da província.
De acordo com o oficial, no período em balanço foram ainda registados 71 crimes de roubo de autoria desconhecida, tendo sido detidos 85 presumíveis autores.
Violação de menores
A Polícia Nacional registou em Malanje, durante o primeiro semestre deste ano, 1.228 crimes, menos 57 em relação a igual período anterior, dos quais 945 foram esclarecidos 77 por cento, tendo sido detidos 1.168 elementos como presumíveis autores.
Entre os supostos criminosos, destacam-se 50 adolescentes com idade entre 10 e 16 anos envolvidos em crimes de furtos, roubos, homicídios voluntários, violação, ofensas corporais, tentativas de violação e posse ilegal de armas de fogo.
O sub-comissário da Polícia Nacional em Malange Caetano Quitumbo designou 377 crimes, o que representa 30 por cento do total de delitos registados, seguindo-se as ofensas corporais voluntárias com 218 e roubos com 135. Ainda no período em análise registaram-se 83 violações.