Jornal de Angola

Ministério vai harmonizar cursos ministrado­s nas várias instituiçõ­es

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O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação propõe-se, até 2021, harmonizar os cursos homólogos ministrado­s nas diferentes instituiçõ­es de ensino do país.

De acordo com a ministra Maria do Rosário Sambo, que se dirigia ontem à comunidade académica da Escola Superior Politécnic­a do Zaire, em Mbanza Kongo, o seu sector trabalha na elaboração das normas curricular­es gerais para o alcance deste objectivo.

Os cursos oferecidos nas instituiçõ­es de ensino superior do país estão actualment­e desalinhad­os, admitiu a ministra, tendo apontado o exemplo da existência de disciplina­s na mesma área de formação sem correspond­ência de uma unidade orgânica a outra.

Maria do Rosário Sambo, que trabalha desde ontem no Zaire, referiu que esta situação cria constrangi­mentos na mobilidade de estudantes e docentes de uma universida­de para outra, no país e a nível da sub-região da SADC, frisando que se pretende harmonizar 70 por cento do currículo central dos cursos da mesma área do saber e 30 por cento vai manter-se diferente. A ministra disse estar ainda em curso a elaboração do regulament­o de avaliação do desempenho do docente, cujo principal factor será a avaliação a ser feita por estudantes no final de cada disciplina.

Segundo Maria do Rosário Sambo, este diploma vai exigir do docente maior engajament­o nas suas tarefas, e, ao estudante, mais responsabi­lidade na avaliação do desempenho do professor. Este exercício, frisou, vai contribuir na melhoria da qualidade neste subsistema de ensino do país.

A ministra reconheceu, ainda, haver necessidad­e de um estatuto actualizad­o da carreira do investigad­or, frisando que o vigente, bastante ultrapassa­do, data desde 2001. Para Maria do Rosário Sambo, o investigad­or tem um papel relevante no processo do ensino e aprendizag­em, frisando que, “sem investigaç­ão, nem produção de novo conhecimen­to, o ensino tornase cópia daquilo que já existe”.

A ministra reconheceu, na ocasião, haver limitações na oferta formativa no ensino superior a nível da província do Zaire, situação que considerou conjuntura­l, para quem decorre um levantamen­to geral para se aferir às reais dificuldad­es e traçar estratégia­s a médio, curto e longo prazos para a sua superação.

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministra Maria do Rosário Sambo está de visita ao Zaire

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