Fórum económico entusiasma alemãs
Empresários alemães estão entusiasmados em participar no fórum económico, a ser aberto hoje pelo Presidente J oão Lourenço, afirmou ontem, em Berlim, o ministro das Relações Exteriores.
Manuel Augusto sublinhou que o contacto entre o sector empresarial angolano e alemão é uma ocasião singular para o estabelecimento das relações que possam contribuir para o desenvolvimento económico do país.
O ministro das Relações Exteriores esclareceu que, durante a visita do Presidente da República, não serão assinados “acordos substanciais”, mas há um quadro de entendimento que será feito ao nível mais alto.
Cerca de 300 empresas do ramo da Agricultura, Finanças, Saúde, Recursos Minerais e Petróleos inscreveram-se para participar no Fórum Económico Angola-Alemanha, que decorre no âmbito da visita do Presidente João Lourenço a Berlim.
O fórum contará, também, com a participação de cerca de duas dezenas de empresários angolanos.
O embaixador de Angola na Alemanha, Alberto Correia Neto, disse que durante o encontro serão apresentados, por ministros de diferentes sectores, seis painéis sobre a realidade angolana, que servirão para mobilizar investimentos.
O diplomata sublinhou que a visita do Presidente da República vai servir para relançar a cooperação entre os dois países.
Relações estratégicas
Alberto Correia Neto afirmou que as relações estratégicas entre os dois países vão bem, mas “necessitam de melhorar”.
“Estamos numa fase de tentar relançar o país economicamente para sair da crise (...) e uma das fórmulas é tentar conseguir investimentos nas diferentes áreas económico-sociais do país para podermos melhorar as condições da nossa população”, declarou o diplomata.
O embaixador defendeu ser preciso “convencer as empresas alemãs a investirem forte e feio” no país para “intensificar as relações de cooperação com a Alemanha”.
Alberto Correia Neto lembrou que “desde 2009 que não há uma visita presidencial à Alemanha”. “O Presidente João Lourenço vem à Alemanha porque consideramos que este é um país estratégico”, sublinhou o embaixador. Angola é o terceiro país na África Subsaariana com o maior volume de negócios com a Alemanha, depois da África do Sul e da Nigéria.
O embaixador acredita que o país está no bom caminho: “A Alemanha não tem muitas multinacionais, é um país constituído por pequenas e médias empresas. Neste sentido, eu penso que se conseguirmos cativar as pequenas e médias empresas alemãs no sentido de investirem forte e feio em Angola, com a certeza de que podem repatriar depois os seus capitais e lucros, creio que vamos conseguir intensificar as relações de cooperação entre os nossos dois países”.
Relativamente à comunidade angolana, precisou que mais de seis mil cidadãos vivem na Alemanha, dentre os quais mil em Berlim. O diplomata reconheceu, entretanto, que a comunidade carece de mais atenção da Embaixada.