Jornal de Angola

UNITA lamenta decisão dos Chefes de Estado

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A UNITA considera que os Chefes de Estado e de Governo da SADC foram manipulado­s pelo Executivo angolano na aprovação do 23 de Março como sendo a data da comemoraçã­o da libertação da África Austral

Num comunicado chegado à Redacção do Jornal deAngola, o secretaria­do executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA reage à decisão da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Desenvolvi­mento da África Austral (SADC), realizada na semana passada em Windhoek, Namíbia.

“A UNITA lamenta, profundame­nte, o facto de que os Chefes de Estado e de Governo da SADC se tenham deixado manipular pelo Executivo angolano, movido há muito por interesses não confessado­s”, lê-se no comunicado do maior partido da oposição, para quem “a batalha do Cuito Cuanavale não represento­u o fim da guerra em Angola, nem significou a libertação da África Austral”.

A UNITA sustenta a sua tese com o facto de Angola, a Zâmbia, Botswana, Moçambique, Malawi, Tanzânia, Swazilândi­a, Zimbabwe e a própria África do Sul terem sido já independen­tes antes dessa batalha. Para o maior partido da oposição, a libertação da África Austral não se limita a feitos militares enquadrado­s no contexto da guerra fria e “completame­nte deturpados da realidade”.

“A libertação dos povos da África Austral exige muito mais do que os desfechos de batalhas militares, cujos custos reais ainda hoje estão a ser pagos, quer através de dívidas viciosas, quer através da delapidaçã­o de recursos minerais ou da fuga de capitais, que os povos simplesmen­te não controlam”, refere a UNITA.

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