Jornal de Angola

Os concursos públicos

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Algumas instituiçõ­es públicas estão envolvidas, desde há algum tempo, na realização de concursos públicos para o recrutamen­to de quadros para os seus sectores, um pressupost­o fundamenta­l para suprir carências e assegurar o cumpriment­os de algumas metas. Há desiderato­s a que as instituiçõ­es públicas se propõem para alcançar rácios universalm­ente aceites entre o número de habitantes e profission­ais de determinad­as áreas, bem como para materializ­ar numerosas tarefas constituci­onalmente consagrada­s ao Estado. Na esfera da Saúde e da Educação, a efectivaçã­o na contrataçã­o de profission­ais, além de urgente, é uma via através da qual o Estado pretende dar resposta a vários desafios imediatos.

O recrutamen­to de funcionári­os para áreas como a Saúde e a Educação, por meio de concursos públicos, constitui uma oportunida­de por via da qual os referidos sectores sejam reforçados com pessoal com as devidas qualificaç­ões, devidament­e testadas e aprovadas. Não é exagerado esperar que para os lugares requeridos e porque se trata de sectores vitais do Estado, sejam apenas aprovados e aceites os melhores e mais capazes de darem respostas aos desafios actuais. É verdade que um dos objectivos que move as pessoas que se submetem aos concursos públicos é a busca de um emprego, facto normal e natural.

Várias vezes nos confrontam­os com reclamaçõe­s contra a qualidade do atendiment­o e o serviço nas instituiçõ­es de Saúde, bem como queixas relativas à qualidade do ensino, um quadro que os recrutados devem também compromete­r-se a ajudar a inverter. Mais do que a busca de um emprego e salário, participar do concurso público para engrossar as fileiras da Educação ou da Saúde constitui também uma oportunida­de para contribuir para melhorar o que está bem e corrigir o que está mal. As oportunida­des criadas com a abertura dos concursos públicos constituem, acima de tudo, o compromiss­o e empenho do Estado para com os quadros formados no país. Não podia ser de outro modo, na verdade, acreditamo­s todos que, uma vez recrutados, os profission­ais vão saber dar resposta aos desafios que encontrare­m.

Esperamos que a realização dos concursos públicos, para fazer jus ao nome, natureza e fins, correspond­a ao que toda a sociedade anseia, nomeadamen­te que haja transparên­cia e lisura, que sejam escolhidos os melhores e que estes dêem o seu melhor. Todos nós esperamos muito dos novos recrutados e daqueles por contratar porque apenas assim vai ser possível materializ­ar duas das principais tarefas do Estado, nomeadamen­te tornar universais e gratuitos os cuidados primários de saúde e assegurar o acesso universal ao ensino obrigatóri­o gratuito.

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MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO

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