MPLA enaltece obra de Eduardo dos Santos
Centenas de militantes do MPLA exaltaram, terça-feira, em Saurimo, a vida e obra do líder do partido, José Eduardo dos Santos, no quadro do programa de homenagem a essa figura que assumiu a chefia do Estado em 1979.
O prelector Francisco Chiwissa elogiou as qualidades de José Eduardo dos Santos, considerando ser uma “figura emblemática, estadista, político, patriota, profundamente humano”, que “manteve Angola no rumo certo, una e indivisível”, mesmo nas etapas de acentuada conturbação político-militar, devido à guerra civil.
Segundo Francisco Chiwissa, José Eduardo do Santos revelou traços de um líder de craveira internacional. Como “estratega, diplomata e militar cumpriu, com sentido de missão, o legado de Agostinho Neto”, sempre solidário com as causas do mundo.
O prelector explicou que foi durante a sua liderança que o regime racista da África do Sul foi derrotado, no Cuito Cuanavale, viabilizando a independência da Namíbia.
Numa incursão sobre os momentos dolorosos que o país ultrapassou com derramamento de sangue de milhares de angolanos, Francisco Chiwissa ressaltou a visão e a coragem do estadista angolano.
Com a liderança de José Eduardo dos Santos, disse, Angola abriu portas ao sistema multipartidário, com o primeiro passo assinalável na senda da democracia, através da realização das primeiras eleições, em 1992, em respeito aos Acordos de Paz rubricados em Maio de 1991.
A dissertação destacou a firmeza e o discernimento do líder na gestão do país num cenário de “guerra civil intensa, destruidora, desgastante, ameaças e intimidações movidas por alguns líderes africanos, numa ilusória advocacia para poupar o líder da UNITA, em desvantagem no confronto militar.”
Numa postura de humanismo extremo, prosseguiu o prelector, com Jonas Savimbi morto em combate, José Eduardo dos Santos valorizou a dignidade merecida aos mortos e apelou à prestação de socorro aos vivos.
Enquanto Presidente, disse, José Eduardo dos Santos buscou alternativas para contrapor o boicote internacional em resposta ao apelo de ajuda lançado pelo governo, uma “armadilha perigosa montada para provocar uma onda de revolta popular contra o governo”, a braços com a crise para assistir milhares de angolanos em miséria e iniciar o complexo processo de reconstrução.