Comissão chumba candidato da Renamo
A Renamo, principal partido de oposição moçambicana, acusou ontem a Comissão Nacional de Eleições de Moçambique (CNE) de ser “fonte de conflitos” em períodos eleitorais, considerando que a rejeição da candidatura de Venâncio Mondlane para Maputo tem motivações políticas.
“A única coisa que podemos avançar agora é que esta decisão tem motivações políticas”, declarou o portavoz da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), José Manteigas, durante uma conferência de imprensa em Maputo.
Venâncio Mondlane foi afastado depois de uma votação, na segunda-feira à noite, na sequência da impugnação solicitada pelo seu antigo partido, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que considerou ilegal a candidatura, por Mondlane ter renunciado ao mandato na Assembleia Municipal de Maputo em 2015. De acordo com a lei moçambicana, “não é elegível para órgãos autárquicos o cidadão que tiver renunciado ao mandato imediatamente anterior”.
Paraoporta-vozdaRenamo, a decisão da CNE fere o direito fundamental de Mondlane, além de revelar que o órgão tem sido “sempre uma fonte de conflito em períodos eleitorais em Moçambique. Espanta a rejeição da candidatura deMondlane”, acrescentou o porta-voz do maior partido de oposição em Moçambique, que aguarda uma comunicação oficial da CNE para recorrer da decisão. No processo de votação na segunda-feira, além do MDM, representantes da Frelimo e uma parte da Sociedade Civil votaram pela impugnação da candidatura de Mondlane.