Falta de rigor endémica nos mercados africanos
Quatrocentos e vinte e três amostras, ou 64 por cento das recolhas, revelaram-se próprias para consumo, mas 236, ou 36 por cento, eram impróprias, dando lugar a que 108 toneladas de produtos fossem retirados do mercado.
O frango e seus derivados lideram a lista dos produtos alimentares de maior risco, com uma representação de 15 por cento do total detectado, seguidos da carne de vaca, com 14,
tradicionais de controlo de alimentos nos países africanos, explica o relatório do Lancoq, são caracterizados por não disporem de legislação alimentar em concordância com os requisitos internacionais do Codex, sendo frequentemente inadequadas, fragmentadas e dispersas em vários estatutos e códigos, criando uma confusão evitável entre agentes de controlo dos alimentos, produtores e distribuidores.
No nosso país, está instituído o Comité Nacional para o Código Alimentar – Codex-Angola -, um organismo nacional multidisciplinar encarregado de promover o cumprimento de normas e dos códigos de uso internacionalmente aceites, incentivar a criação de infraestruturas de controlo da qualidade e estabelecer a legislação nacional sobre os alimentos.
Outro problema é a falta de independência das agências envolvidas na prevenção e na aplicação da legislação alimentar, o que resulta muitas vezes numa protecção insuficiente do consumidor, práticas fraudulentas e alimentos contaminados, bem como em rejeições das exportações de alimentos da região.
O Lancoq nota que o consumo de alimentos contaminados e inapropriados causa transtornos negativos, originando a Mortalidade