Maior colecta na fronteira de Quimbata
Cerca de 60 milhões de kwanzas de receitas fiscais foram arrecadados durante o ano passado em resultado das trocas comerciais desenvolvidas no Posto Fronteiriço de Quimbata, município de Maquela do Zombo, entre Angola e o Congo Democrático.
Segundo o administrador de Maquela do Zombo, Benji Moco Enrique, em declarações aos jornalistas no final de uma visita de responsáveis do Gabinete Provincial do Comércio, Indústria e Recursos Minerais àquela fronteira, a mais de 310 quilómetros da cidade do Uíge, o Posto de Quimbata já regista um crescimento anual da colecta de receitas aduaneiras, “apesar de não estar ainda aberto oficialmente para grande movimentação comercial”.
“No ano passado, a colecta fiscal rondou os 60 milhões de kwanzas e os números do primeiro semestre indicam um aumento considerável, o que nos dá bons indicadores sobre a arrecadação de recursos fiscais para o fortalecimento da economia local e nacional, a partir do Posto de Quimbata”, disse.
O chefe do Gabinete do Comércio, Indústria e Recursos Minerais do Uíge, Bosseque Mansony, declarou ter constado no local o surgimento de empresários a construírem armazéns de venda a grosso e a retalho, como sinal do progresso que se pretende para o Posto Fronteiriço de Quimbata.
“É desejo do Governo ter a fronteira de Quimbata aberta, porque faz parte do corredor da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e achamos que será uma boa fonte para estimular a economia da província e do país”, sublinhou, acrescentando que tudo está a ser feito para que tal aconteça no devido tempo.
Bosseque Mansony lembrou que, em Julho, delegações de Angola e da RDC estiveram reunidas na cidade do Uíge para avaliar os mecanismos para a abertura, nos próximos tempos, do Posto Fronteiriço de Quimbata, aguardando-se apenas pela criação de condições e a celebração de um acordo nesse sentido.